LIMP BIZKIT

LIMP BIZKIT continuam com a próxima digressão enquanto surgem novos detalhes sobre a morte de SAM RIVERS

Entre a dor e a persistência, os LIMP BIZKIT prometem seguir caminho enquanto surgem novos detalhes sobre a morte do baixista e membro fundador da banda.

A morte de Sam Rivers, baixista dos LIMP BIZKIT, abalou profundamente o universo da música pesada e a própria estrutura emocional da banda. Aos 48 anos, o músico faleceu no passado dia 18 de Outubro em St. Johns County, na Florida, após um incidente inicialmente reportado pelas autoridades como o de uma “pessoa não responsiva em paragem cardíaca”. Segundo um relatório publicado pelo TMZ, a chamada foi classificada como “morte assistida” — um termo que indica que o falecido estava sob tratamento médico para uma doença grave ou terminal, e cuja morte era considerada um desfecho possível.

Nos dias seguintes, começaram a emergir detalhes sobre o estado de saúde de Sam Rivers, que levantam a hipótese de que o músico enfrentava uma batalha silenciosa contra um cancro. Na verdade, durante os últimos concertos com os LIMP BIZKIT, o músico foi visto várias vezes a usar uma t-shirt com a inscrição “Fuck Cancer”, gesto que os fãs interpretaram como um sinal do seu estado. Após a morte do músico, o DJ Lethal, colega de banda, partilhou uma fotografia de Rivers a usar essa mesma t-shirt, acompanhada da hashtag #fuckcancer, uma homenagem simples, mas carregada de dor e solidariedade.

A saúde do baixista dos LIMP BIZKIT fora já motivo de preocupação há alguns anos. Em 2017, o músico submeteu-se a um transplante de fígado após uma longa luta contra uma doença hepática resultante de consumo excessivo de álcool. No livro «Raising Hell (Backstage Tales From the Lives of Metal Legends)» de Jon Wiederhorn, publicado em 2020, o Rivers recordou esse período com brutal honestidade: “Chegou a um ponto em que tive de ir ao hospital da UCLA e o médico disse-me: ‘Se não parares, vais morrer. E neste momento pareces alguém que precisa de um novo fígado.’ Lutei contra a doença hepática durante alguns anos e ela ganhou. Tive de fazer um transplante de fígado em 2017.”

A morte de Sam Rivers não só encerra um capítulo vital na história dos LIMP BIZKIT, como também ecoa entre os fãs e músicos que acompanharam a sua trajetória desde os anos 90. O baixista, um dos membros fundadores da banda, foi essencial na construção do som pesado e rítmico que marcou o auge do grupo, especialmente em álbuns como «Significant Other» e «Chocolate Starfish And The Hot Dog Flavored Water». O seu groove era o elo que unia os raps abrasivos de Fred Durst às camadas de guitarra de Wes Borland, tornando-o um elemento indispensável da identidade sonora dos LIMP BIZKIT.

Em resposta à tragédia, Fred Durst publicou um vídeo comovente nas redes sociais, onde, entre lágrimas, prestou homenagem ao amigo e companheiro de palco: “É tão trágico ele não estar aqui agora, e já chorei litros e litros de lágrimas desde ontem. Estou a pensar: o Sam é uma lenda.” A sinceridade do cantor expôs o lado mais humano de uma banda tantas vezes vista como provocadora ou caricatural, revelando toda a profundidade do vínculo entre os seus membros.

Apesar da perda, os LIMP BIZKIT decidiram manter os planos da sua próxima digressão, demonstrando uma força que mistura resiliência e homenagem. A promotora do concerto inaugural da tour, marcado para o próximo dia 29 de Novembro na Explanada del Estadio Banorte, na Cidade do México, confirmou por meio de um comunicado que “os LIMP BIZKIT decidiram manter a sua actuação a 29 de Novembro”. A decisão implica que a banda cumprirá todas as sete datas previstas na América Latina, acompanhada por Yungblud, 311 e outros artistas convidados.

Esta escolha tem dividido opiniões entre fãs e críticos. Para alguns, a decisão simboliza a continuidade do legado de Sam Rivers — um gesto de respeito e celebração pela música que ajudou a criar. Para outros, representa um desafio emocional extremo para uma banda que ainda processa a perda de um dos seus pilares. Em ambos os casos, é um sinal claro de que os LIMP BIZKIT pretendem enfrentar o luto como o próprio Rivers sempre viveu: com intensidade, vulnerabilidade e, acima de tudo, amor pela música.

Desde a sua formação em 1994, os LIMP BIZKIT tornaram-se um dos nomes mais emblemáticos do nu metal, misturando rap, rock e provocação estética num fenómeno global que marcou uma geração. A energia contagiante de temas como «Break Stuff», «My Generation» ou «Nookie» tornou a banda uma presença incontornável em festivais e listas de vendas no final dos anos 90 e início dos 2000. Sam Rivers, sempre discreto fora do palco, era a base sólida dessa energia explosiva — o homem por trás das linhas de baixo que sustentavam o caos organizado de Fred Durst.