Os nova-iorquinos LIFE OF AGONY vão andar na estrada a celebrar três décadas de um dos discos mais corajosos e emocionais dos anos 90 com os convidados especiais GOD FORBID, JASTA e UGLY KID JOE.
Trinta anos depois de ter abalado o mundo alternativo com um disco que desafiava convenções e expectativas, os LIFE OF AGONY preparam-se para celebrar a herança emocional de «Ugly», o seu segundo e talvez mais subestimado álbum, com uma digressão mundial muito especial. Intitulada 30 Years Of Ugly, esta série de concertos levará a banda de Brooklyn a interpretar, pela primeira vez na sua história, o álbum de 1995 na íntegra — uma prenda rara para os fãs de longa data e uma oportunidade única para novas gerações descobrirem o lado mais vulnerável e melódico destes músicos.
Lançado em 1995 pela Roadrunner Records, «Ugly» representou uma mudança radical relativamente ao LP de estreia «River Runs Red», de 1993, um clássico do metal alternativo e do crossover nova-iorquino. Se o primeiro álbum era uma descarga brutal de angústia juvenil e riffs densos, o segundo apresentava uma abordagem mais introspectiva, melódica e emocionalmente crua — mantendo, no entanto, o peso característico dos LIFE OF AGONY.
“Toda a gente estava à espera de um «River Runs Red, Part 2», mas o «Ugly» foi uma curva à esquerda, depois à direita, e uma inversão de marcha!”, recorda o guitarrista Joey Zampella. “Demorou algum tempo até agarrar os ouvintes, mas quando o fez, tornou-se um clássico. Estou super entusiasmado por celebrar o ‘patinho feio’ do catálogo dos Life Of Agony!”.
Tematicamente, «Ugly» é um mergulho profundo nas dores da perda, da instabilidade emocional, da solidão e da doença. Faixas como «Let’s Pretend», uma balada sobre negação e luto, «Unstable», que aborda o impacto devastador do cancro, ou «Lost At 22», um hino à confusão e desespero da juventude, mostram a coragem lírica dos LIFE OF AGONY em enfrentar os seus próprios fantasmas. Canções como «I Regret» e «Damned If I Do» revelam uma faceta mais rock, enquanto pérolas escondidas como «Other Side Of The River» e «How It Would Be» solidificam a reputação do disco como uma peça incontornável do metal alternativo dos anos 90.
“O «Ugly» foi provavelmente o disco mais emocionalmente vulnerável que alguma vez fizemos”, afirma o baixista Alan Robert. “Na altura, foi um grande risco lançar algo tão diferente do «River Runs Red», mas estávamos noutra fase emocional, e sempre fomos fiéis ao que sentíamos. Acabou por criar uma ligação muito profunda com os fãs. Tocá-lo ao vivo, do início ao fim, vai ser algo poderoso para nós e para quem nos acompanha.”
A etapa norte-americana da digressão arranca a 19 de setembro em Bensalem, na Pensilvânia, com a presença especial dos reunidos GOD FORBID, uma das bandas mais respeitadas do metalcore dos anos 2000. A partir de 20 de setembro, no mítico Starland Ballroom, de Sayreville, Nova Jérsia, junta-se à comitiva JASTA, o projecto a solo de Jamey Jasta, vocalista dos HATEBREED, que será o suporte principal do restante percurso americano.
Em Novembro, os LIFE OF AGONY viajam para a Europa, onde os concertos contarão com convidados igualmente especiais: os UGLY KID JOE. A presença da banda californiana adquire um peso emocional adicional, dado que o seu vocalista, Whitfield Crane, chegou a integrar os próprios LIFE OF AGONY em 1998, durante a ausência temporária de Keith Caputo. A possibilidade de uma colaboração em palco entre Caputo e Crane não está fora de hipótese.
“Estou super entusiasmado por voltar à estrada, tocar o «Ugly» na totalidade e partilhar o palco com os GOD FORBID, o nosso irmão Jasta e os nossos grandes amigos dos UGLY KID JOE — especialmente o nosso querido Whitfield Crane”, partilha Keith Caputo. “Talvez o consiga convencer a cantar um tema connosco. Isso seria brutal. Estou ansioso por criar mais momentos incríveis com os Life Of Agony e por partilhar memórias com grandes pessoas em bandas fantásticas. Juntem-se a nós para uma noite inesquecível de música e comunhão.”
