Lançado a 24 de Fevereiro de 1975, o «Physical Graffiti» capta todo o génio que só os LED ZEPPELIN eram capazes de servir quando ainda estavam no topo do jogo.
Originalmente editado a 24 de Fevereiro de 1975 pela Swan Song, o sexto álbum dos deuses LED ZEPPELIN foi lançado há precisamente 48 anos. O sucessor do também muito aplaudido «Houses Of The Holy», que tinha sido lançado dois anos antes, foi produzido em várias sessões de gravação feitas no período compreendido entre Julho de 1970 a Fevereiro de 1974, pelo próprio guitarrista e mentor da banda, Jimmy Page.
Reza assim a cronologia: a primeira tentativa de gravação do que seria o «Physical Graffiti», um duplo-álbum majéstico, fruto da turbulência que se estava a apoderar do quarteto, ocorreu em Novembro de 1973 na Headley Grange em Hampshire, onde já tinham gravado o seu quarto álbum sem título. Durante essa visita, com o estúdio móvel de Ronnie Lane, Page e o baterista John Bonham gravaram um instrumental que mais tarde foi reformulado como a icónica «Kashmir».
No entanto, as sessões foram breves, sendo que o grupo só viria a reunir-se novamente na Headley Grange em Janeiro e Fevereiro de 1974, onde gravou oito faixas com Ron Nevison. Entre várias peripécias, que incluíram a ideia de fazerem um disco-duplo, a mistura final do álbum foi feita, nos Olympic Studios, em Julho de 1974.
Onde o «Led Zeppelin IV» e o «Houses Of The Holy» integravam influências em cada tema, aqui a maioria das canções são exercícios estilísticos individuais e os destaques vão para quando os Led Zep incorporam influências e se estende a novos territórios, como acontece na tensa, e por esta altura “clássica” «Kashmir».
No entanto, depois há também a «Trampled Underfoot», com o teclado galopante de John Paul Jones a dar o mote para o funk metal e a «Houses Of The Holy», a melhor tentativa de pop que alguma vez fizeram. Os blues mais pesados, dos onze minutos de «In My Time Of Dying» ao monstruoso épico «The Rover», são sublimes — mais altos, ampliados e texturizados que nos discos anteriores.
Resultado, o «Physical Graffiti» capta toda a experiência que só os LED ZEPPELIN eram capazes de proporcionar quando ainda estavam no topo do jogo, provavelmente melhor que em qualquer outro álbum.