Depois de, a 2 de Março, ter confirmado a presença dos BATUSHKA na próxima edição do LAURUS NOBILIS MUSIC, a organização do evento tem vindo a revelar paulatinamente mais nomes em cartaz. A esta data há um total de treze nomes com presença assegurada no festival que, este ano, se realiza de 20 a 22 de Julho, em Famalicão e hoje, 3 de Abril, foi adicionado mais um cabeça-de-cartaz ao alinhamento: os suecos KATATONIA. Recorde-se que, aos polacos do black metal litúrgico, entretanto já se tinham juntado também os conterrâneos HATE, os thrashers gregos SUICIDAL ANGELS, os suíços CHAOSEUM, os franceses AxDxT, os espanhóis SYNLAKROSS e ainda os nacionais PITCH BLACK, ATTICK DEMONS, GRUNT, JUNKBREED, APOTHEUS, GODARK, DISHONOUR, ANZV, CAPE TORMENT e INHUMAN ARCHITECTS. Os ingressos, em fase de preço promocional, já estão disponíveis para venda aqui. Recorde-se que a edição de 2023 do LAURUS NOBILIS MUSIC vai realizar-se num espaço diferente daquele que, no ano passado, recebeu bandas MANOWAR, LACUNA COIL e ORPHANED LAND, entre muitas outras. “Adversidades fazem parte da vida mas a luta continua“, diz a equipa de produção num breve comunicado nas redes sociais.
Olhando à volta, é difícil pensar numa banda contemporânea que consiga expressar o inevitável receio da mortalidade de forma mais adequada que os KATATONIA. Ao longo de um percurso brilhante, que já ultrapassou as duas décadas de existência, o grupo liderado por Jonas Renkse e Anders Nyström transformou-se num dos nomes mais únicos e fascinantes nascidos do boom underground do início da década dos 90s e, hoje, afirma-se como uma proposta sem rival. Basta, de resto, olhar para os números, fazer as contas e torna-se rapidamente óbvio que os são uma daquelas bandas que nunca chegou ao mainstream, mas os tops só muito raramente são um sinónimo de qualidade artística. Ao longo de 30 anos sempre em crescendo constante, os músicos de Estocolmo gravaram um sequência de discos irrepreensíveis e, apoiados em sucessivas tours perante plateias totalmente rendidas ao seu charme cinzentão, transformaram-se numa referência incontornável quando se fala em metal depressivo, mas também gótico, ligeiramente indie e cada vez mais progressivo; um exemplo perfeito de como, afinal, até é possível apelar a uma audiência transversal enquanto se esculpem pensamentos niilistas e melancólicos que, ao invés da norma, nunca chegam a cair em dramatismos bacocos.