Josh Homme, o líder e estratega dos QUEENS OF THE STONE AGE, falou à Kyuss World Radio sobre o 25.º aniversário do último álbum dos KYUSS, «… And The Circus Leaves Town». Recorde-se que o quarteto californiano se separou três meses após o lançamento do LP, resultando em menos sucesso comercial e crítico quando comparado aos dois álbuns que editaram antes e que ajudaram a criar o movimento stoner rock — os múito aplaudidos «Blues For The Red Sun» e «Welcome To Sky Valley», de 1992 e 1994, respectivamente. “Não sou bom a guardar recordações e não sou muito nostálgico porque acho que, às vezes, isso me faz sentir um pouco triste“, começou por dizer Josh. “E sinto que há uma pilha enorme de coisas para fazer. Às vezes parece que, quando olho para uma foto ou algo assim, fico com a sensação de que nada vai ser como antes, por isso tendo a focar-me no que tenho em mãos. Saber que o disco faz 25 anos, deixa-me feliz. Fico um pouco orgulhoso por ter feito algo assim há muito tempo, e sobretudo por ainda não estar morto.” De seguida, Josh abordou a separação do grupo, dizendo “sempre achei que as bandas não deveriam durar muito tempo. Na época senti realmente que tínhamos feito o nosso seu melhor trabalho e, quando um músico se apercebe disso, está na altura de acabar com a banda — preservá-la seria destruí-la“.
Como é do conhecimento geral, na sequência da criação do projecto KYUSS LIVES!, Josh Homme e Scott Reeder avançaram com uma acção legal contra os ex-companheiros de banda Brant Bjork e John Garcia alegando “violação de marca registada e fraude ao consumidor“. Cinco meses depois, um juiz decidiu que Garcia e Bjork não poderiam lançar nenhuma gravação com o nome KYUSS LIVES!, que acabariam por mudar de nome para VISTA CHINO. Questionado se, neste momento, há algum cenário em que considere participar numa reunião dos KYUSS, Josh Homme diz que a sua filosofia sempre foi não fazer reuniões, mas que “há momentos em que penso que as coisas não podem ficar assim, e a única forma de as terminar correctamente agora seria tocarmos juntos. Tenho pensado nisso, especialmente nos últimos anos… Era bom fazer algo especial, e até para compensar o erro do Brant e, infelizmente, do John. Pensei que podíamos tocar e doar o dinheiro. Ou então, tocar para os fãs — cobrir os nossos custos e pôr os bilhetes a cinco dólares. É importante descobrir uma forma de pôr um ponto final correcto na carreira dos Kyuss, porque essa banda nunca foi sobre dinheiro — nunca se tratou de dinheiro. Nunca se tratou de fama e, quando me pareceu que essa era a jogada deles, fiquei muito triste“. Após a separação dos KYUSS, em 1995, Homme formou os QUEENS OF THE STONE AGE.