“Os Metallica começaram por ser uma banda de thrash, e continuaram a ser uma banda de thrash por um bom tempo”, explica KERRY KING.
O thrash surgiu durante os anos 1980 e consagrou muitas bandas norte-americanas, a maioria oriunda da Califórnia. Os SLAYER, claro, sempre foram um dos maiores representantes do género e, criados no início dos 80s, durante as décadas seguintes lançaram uma sequência de títulos incontornáveis e muito influentes, entre os quais se contam a estreia «Show No Mercy», o devastador «Reign In Blood» e o mais dinâmico «Seasons In The Abyss».
Kerry King, o guitarrista e um dos principais timoneiros da banda, falou com a Rolling Stone sobre os seus álbuns favoritos de todos os tempos e, pelo caminho, revelou quem foi, para si, a primeira banda thrash.
Ao justificar a inclusão na sua lista de «Master Of Puppets», o clássico dos METALLICA lançado em Março de 1986, Kerry King disse: “Os Metallica são uma óptima banda e merecem estar nesta lista, mas tive de pensar maduramente em que disco devia incluir. Optei pelo «Master Of Puppets» porque uma das minhas músicas favoritas dos Metallica — bem, provavelmente a minha música favorita deles — está nesse disco, e é a «Damage Inc.».
É a melhor música que já escreveram. Os Metallica começaram por ser uma banda de thrash, e continuaram a ser uma banda de thrash por um bom tempo… Aliás, eu diria que eles foram a primeira banda thrash“, concluiu Kerry King.
De seguida, King aproveitou também para recordar as primeiras vezes que viu o grupo liderado por James Hetfield e Lars Ulrich ao vivo. “Lembro-me de os ver no início, em Orange County, num lugar que frequentávamos, chamado Woodstock”, recordou.
” Eu e o Jeff Hanneman íamos sempre fazer os trabalhos de casa, ver quais eram as bandas que estavam a bombar e o que estava a acontecer. Ouvimos falar dos Metallica e eles tocaram tão perto das nossas casas que fomos vê-los. Basicamente, tudo aquilo de que me lembro dessa noite é ter visto o Dave Mustaine a tocar aqueles solos malucos e nem sequer olhava para as mãos nem npara o braço da guitarra. Achei que ele era um músico incrível, que tinha um grande talento. Infelizmente, os demónios levaram a melhor sobre ele e teve que seguir um caminho diferente“.