Durante esta semana, um juiz norte-americano arquivou o processo de abuso sexual movido em nome da modelo e actriz Ashley Morgan Smithline contra Brian Warner. O caso deu entrada nos tribunais em 2021 e a ex-namorada do cantor acusava-o de agressão sexual, imposição intencional de sofrimento emocional, prisão ilegal e muito mais, sendo que tudo isso se teria passado, segundo Smithline, entre 2010 e 2012, mas Warner sempre negou todas essas acusações. Segundo informações recolhidas pelo The Los Angeles Times e confirmadas pela Pitchfork, Ashley não apresentou “representação legal adequada dentro do prazo estipulado” e, por isso, o caso acabou mesmo por ser arquivado. Em Outubro de 2022, Jay Ellwanger deixou de ser advogado da modelo e, nessa altura, o juiz deu um prazo de dois meses para encontrar nova representação ou decidir representar-se a si própria. Ashley não apresentou uma solução, mas o caso ainda pode ser reaberto caso o faça. Mesmo assim, Howard King, o advogado de Warner, enviou um comunicado à Pitchfork, onde pode ler-se: “Agradecemos e elogiamos a Ashley Smithline por rejeitar as suas reivindicações contra o Brian Warner sem procurar ou receber nada em troca. Desejamos-lhe felicidades e continuaremos a trabalhar para garantir que um preço significativo seja pago por aqueles que tentaram abusar do nosso sistema legal.” Enquanto isso, Warner enfrenta um outro processo legal, desta vez em nome da actriz Esmé Bianco.
Em documentos legais revelados no final do ano passado, Brian Warner, mais conhecido como MARILYN MANSON, confessou que a sua “carreira está na sarjeta” e que continua “a receber ameaças à sua vida” depois de, pelo menos, quinze mulheres o terem acusado de agressão sexual. Três das suas acusadoras, entre as quais estão a ex-namorada Ashley Morgan Smithline e a actriz Esmé Bianco, da série de sucesso ‘Game Of Thrones’, entraram mesmo com uma acção judicial contra Warner. Note-se que o artista negou sempre todas as alegações, às quais chamou “horríveis distorções da realidade“. Agora, o shock rocker de 53 anos confessa que inúmeras ameaças de morte que tem recebido online o fazem sentir-se “ansioso, perturbado, deprimido, preocupado, frenético e sem conseguir dormir” e também que está preocupado que alguém que prejudique a sua actual esposa, Lindsay Usich. Manson confirmou que foi dispensado pela sua editora discográfica, a Loma Vista Recordings, e pela agência de talentos CAA, e que foi totalmente “excluído dos encontros sociais e de negócios em Hollywood“.
Como consequência disso, a sua carreira musical tem sofrido, já que não pode fazer digressões e editar um livro que estava n calha; além disso, o valor dos seus quadros desvalorizou e todos os seus espectáculos artísticos foram “adiados indefinidamente“. “O falso retrato como violador, abusador e pornógrafo infantil“, segundo o próprio, também o fez perder dois papéis de actor, nas séries “American Gods” e “The Stand”. A última acção legal do cantor surge oito meses depois de ter apresentado um processo por difamação contra a ex-namorada Evan Rachel Wood, alegando uma conspiração para o derrubar com uma série de alegações de abuso sexual coagido. Manson processou Wood por difamação, angústia emocional e “imitação pela Internet“, segundo uma queixa apresentada ao Tribunal Superior de Los Angeles.