Mais de três décadas depois da estreia em solo português, os lendários JUDAS PRIEST regressam ao nosso país para um momento de celebração e consagração no EVILLIVƎ FESTIVAL.
Quando os JUDAS PRIEST subirem ao palco do Estádio do Restelo, em Lisboa, hoje, sexta-feira, dia 27 de Junho de 2025, para encabeçarem a primeira noite do EVILLIVƎ FESTIVAL, não estarão apenas a cumprir mais uma data de digressão. Para a banda britânica e para os fãs portugueses, este regresso encerra um simbolismo profundo. É o culminar de um percurso iniciado há mais de três décadas, quando os músicos pisaram pela primeira vez solo nacional numa digressão que ficou gravada na memória colectiva de quem viveu os anos de ouro do heavy metal.
Em 1991, os JUDAS PRIEST estrearam-se em Portugal com um concerto explosivo no então Dramático de Cascais, acompanhados por Pantera e Annihilator. Na altura, o álbum «Painkiller» acabara de ser lançado e a banda vivia uma das suas fases mais intensas e agressivas. O público português, até então privado da presença dos grandes nomes do metal mundial, acolheu os britânicos com um fervor inesquecível. Foi o início de uma relação marcada pela paixão, respeito mútuo e por reencontros que, embora esporádicos, foram sempre vividos com intensidade.
Trinta e quatro anos depois, o regresso a Lisboa como cabeças de cartaz de um grande festival marca um momento de consagração. E é o próprio Ian Hill que reconhece essa dimensão histórica, ainda que com a humildade que sempre o caracterizou: “Sim, vai ser lembrado por isso, se não for por mais nada. Tenho a certeza de que vai ser fantástico.” Para muitos dos que estarão no Restelo, esta será a primeira oportunidade para verem os JUDAS PRIEST ao vivo. Para outros, será o reencontro com uma banda que moldou a sua adolescência. Para todos, será uma celebração.
Convenhamos, há algo de profundamente simbólico neste regresso. A primeira visita da banda a Portugal deu-se num momento de transformação para o metal — um tempo em que o género ainda procurava o seu lugar nos grandes palcos, entre a desconfiança da crítica e a devoção dos fãs acérrimos. Voltar agora, num contexto em que o heavy metal é reconhecido como um património cultural e artístico global, é também reconhecer a longevidade e a influência dos JUDAS PRIEST nessa caminhada. O seu lugar como pioneiros do género, como autores de hinos intemporais e como inspiração para gerações de músicos, está hoje mais solidificado do que nunca.
Mas não se trata apenas de história ou nostalgia. Este concerto no EVILLIVƎ FESTIVAL representa também o presente e o futuro da banda. Com o novo álbum «Invincible Shield» lançado recentemente e uma digressão mundial em andamento, os JUDAS PRIEST não estão apenas a revisitar o seu passado — continuam a olhar em frente, a renovar o seu som e a desafiar-se artisticamente. O palco do Restelo será, por isso, palco de um momento vivo e actual, não de um museu de memórias.
Um dos aspetos mais comoventes deste regresso é a diversidade geracional do público que irá encher o estádio. Ao longo das últimas décadas, os JUDAS PRIEST conquistaram não apenas os fãs que os ouviram pela primeira vez nos anos 70 e 80, mas também os filhos (e até netos) desses ouvintes, que descobriram a banda através de reedições, documentários, redes sociais e — claro — dos relatos entusiasmados dos mais velhos. Em Portugal, essa passagem do testemunho faz-se sentir com particular força. São raros os concertos em que se encontram lado a lado três gerações de headbangers a cantar em uníssono clássicos como «Breaking the Law», «Painkiller» ou «Electric Eye».
Este fenómeno não passou despercebido a Ian Hill, que na entrevista à LOUD! reflectiu sobre a curiosidade contínua que move os fãs do metal: “As pessoas estão lá. E estarão sempre. As pessoas curiosas estarão sempre lá. E no futuro continuarão a estar.” O Estádio do Restelo será, assim, o ponto de encontro entre passado, presente e futuro — uma celebração da música que continua a resistir ao tempo porque vive enraizada na experiência colectiva de quem a escuta.
A presença dos JUDAS PRIEST como cabeças de cartaz de um festival nacional tem também um significado institucional: representa o reconhecimento de uma história partilhada entre banda e público português. Durante décadas, o metal foi marginalizado nos grandes eventos culturais do país. Hoje, a sua presença em palcos como o do EVILLIVƎ FESTIVAL é prova de que o género conquistou o seu lugar, não só através do talento dos músicos, mas da persistência dos fãs e do crescimento da cena nacional.
Os JUDAS PRIEST, enquanto embaixadores do metal britânico e mundial, simbolizam essa luta e essa conquista. Voltar a Lisboa, não para um concerto isolado numa sala ou pavilhão, mas como protagonistas de um evento que celebra a diversidade do metal contemporâneo, é mais do que simbólico — é justo. Os bilhetes para o EVILLIVƎ FESTIVAL continuam disponíveis em evillive.rocks, com o passe geral de três dias à venda por 169€ e o passe de dois dias (28 e 29 de junho) por 139€. Os portões abrem a 27 de Junho, marcando o início de três dias que prometem ficar para sempre gravados na memória colectiva dos fãs de metal em Portugal.

