Isto é só uma homenagem. JOAQUIM PINTO, que criou os MÃO MORTA ao lado de Adolfo Luxúria Canibal e Miguel Pedro, faleceu na madrugada desta segunda-feira, em Lisboa.
Faleceu, na madrugada desta segunda-feira, Joaquim Pinto, um dos fundadores dos MÃO MORTA, uma das bandas que revolucionou a cena musical portuguesa nos 80s. O músico estava internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, e a notícia foi confirmada pela própria banda bracarense através de uma emotiva publicação nas suas redes sociais.
Numa nota de óbvio pesar, o grupo bracarense relembra a importância de Joaquim Pinto na formação e identidade dos MÃO MORTA. Pinto fundou a banda há precisamente 40 anos, em novembro de 1984, ao lado de Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal, tornando-se o “fundador e ideólogo” do grupo. Embora tenha deixado de ser baixista permanente em 1990, continuava a ser um membro honorário e, por vezes, surpreendia o público com aparições inesperadas em concertos, tocando a icónica «Aum».
“É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de Joaquim Pinto, esta madrugada, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, onde estava internado”, pode ler-se. “Fundador e ideólogo dos Mão Morta, que formou com Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal há exactamente 40 anos, no início de Novembro de 1984, e seu membro honorário desde 1990, quando deixou de exercer as funções de baixista permanente. A nota dos MÃO MORTA encerra com uma homenagem tocante: “Haveremos de nos voltar a encontrar em Berlim! Até lá, fica em paz, irmão.”
A génese dos MÃO MORTA está intimamente ligada a uma visita de JOAQUIM PINTO a Berlim, onde, em Outubro de 1984, assistiu a um concerto dos SWANS. Foi aí que, ao cruzar-se com Pinto, Harry Crosby, o baixista dos lendários nova-iorquinos liderados por Michael Gira proferiu a frase que mudaria o rumo da sua vida: “Tens cara de baixista.” Inspirado por essa inesperada observação, JOAQUIM PINTO regressou a Portugal, comprou um baixo, e, no mês seguinte, formou os MÃO MORTA.