IRONMAIDEN

JELLO BIAFRA, o lendário ex-vocalista dos DEAD KENNEDYS, surpreendeu o público ao lado dos irmãos Cavalera com uma actualização do clássico «Nazi Punks Fuck Off».

Jello Biafra, o icónico ex-vocalista dos DEAD KENNEDYS, juntou-se recentemente em palco aos irmãos Max e Igor Cavalera para uma performance memorável de «Nazi Punks Fuck Off», rebaptizada «Nazi Trumps Fuck Off» nesta ocasião. O momento aconteceu durante um concerto dos irmãos CAVALERA, que surpreenderam o público com uma versão enérgica e visceral do clássico punk.

A colaboração inesperada aconteceu numa fase em que os CAVALERA andam na estrada a revisitar os primeiros anos dos SEPULTURA, trazendo de volta aos palcos os álbuns «Bestial Devastion», «Morbid Visions» e «Schizophrenia». Como podes comprovar no player em baixo, Jello Biafra, famoso pelo seu discurso politicamente carregado e pela energia crua dos DEAD KENNEDYS, trouxe uma nova camada de intensidade à actuação, reforçando a mensagem antifascista da canção original.

«Nazi Punks Fuck Off» foi originalmente lançada pelos DEAD KENNEDYS em 1981 como uma resposta directa à ascensão da extrema-direita nos Estados Unidos. Escrita num período de grande tensão política, a música rapidamente se tornou um hino punk de resistência e revolta. Ver Jello Biafra ao lado de Max e Iggor Cavalera, figuras históricas do metal extremo, dá todo um novo significado à mensagem da canção, adaptando-a aos tempos actuais de polarização política e crescimento de discursos de ódio.

Após a actuação, Jello Biafra comentou o momento nas redes sociais, sublinhando a importância da mensagem por detrás da música: “Ainda hoje, décadas depois, esta música continua a ser um grito de resistência contra o fascismo e a intolerância. Foi incrível partilhar o palco com os Cavalera e sentir a energia do público a unir-se contra o ódio.”

Recorde-se que, em 2023, os irmãos Max e Igor CAVALERA alcançaram o que alguns diriam ser um feito impossível; revisitaram os seus dois primeiros lançamentos, «Morbid Visions» e «Bestial Devastation», regravando-os com uma intensidade de quebrar ossos. Um risco que poucos ousariam sequer correr, mas que a dupla brasileira materializou de forma hábil naquilo que só poderia ser descrito como uma viagem no tempo. Como é óbvio, a bola não ia parar de rolar para os irmãos, que entram agora no capítulo final da trilogia dos primeiros dias.

No dia 21 de Junho de 2024, os CAVALERA disponibilizarm a regravação do clássico «Schizophrenia» via Nuclear Blast e, numa série de vídeos, justificaram e detalharam esta manobra inesperada. Editado a 30 de Outubro de 1987, o «Schizophrenia» é um álbum icónico em termos do início do thrash e death metal. No entanto, apesar dos riffs furiosos, da bateria castigadora, dos uivos fantasmagóricos e dos solos alucinantes, não há como negar que a produção do álbum deixou muito a desejar e, tantas décadas volvidas, Max e Igor CAVALERA quiseram por fim corrigir esse erro.

A Trilogia do Terceiro Mundo fica finalmente completa!“, explica Max. “Para mim, o «Schizophrenia» é o disco definitivo de death/thrash! Continuo inspirado para enfrentar o mundo e esta gravação mostra que o meu compromisso é implacável!“.

Igor, por seu lado, acrescenta: “1987 foi um ano muito progressivo para o metal, com lançamentos como o «Into The Pandemonium», o «Killing Technology» e o «Under The Sign Of The Black Mark», por isso não foi uma surpresa termos tentado ultrapassar todos os nossos limites com o «Schizophrenia», que vai do black e death metal a uma estética mais thrash.” As pré-encomendas dos formatos físicos de «Schizophrenia» já estão disponíveis através da loja virtual da Nuclear Blast Records.