A curiosidade já vinha a aumentar há algumas semanas, mas foi finalmente saciada ontem ao início da tarde, quando os IRON MAIDEN a anunciarem o lançamento do seu 17.º álbum de estúdio para o dia 3 de Setembro através da Parlophone. Depois das inúmeras pistas que foram lançando — e que deram origem a toda uma elaborada teoria engendrada pelos fãs –, de um convite oficial para um grande anúncio, da estreia do single «The Writing On The Wall» e de todos os ‘easter eggs’ contidos no seu vídeo-clip, agora sabe-se que o sucessor de «The Book Of Souls» vai chamar-se «Senjutsu», tem capa da autoria de Mark Wilkinson e é um álbum duplo que consiste em dez temas que perfazem um total de cerca de 82 minutos de duração. O conceito, de que ainda se sabe pouco, é claramente inspirado no Oriente e introduz um incrível novo Eddie samurai. Em comunicado de imprensa, «Senjutsu» é descrito como uma colecção de temas muito diversos, com o vocalista Bruce Dickinson a avisar que dois dos temas contidos no alinhamento são bastante diferentes daquilo a que o público dos IRON MAIDEN está habituado. “As canções são muito variadas, e algumas delas são bastante longas“, revela Dickinson. “Há também uma ou duas canções que soam bem diferentes do nosso estilo usual, e acho que os fãs dos Maiden ficarão surpresos — no bom sentido, espero!”.
Entretanto, Steve Harris, que co-produziu «Senjutsu» ao lado do produtor de longa data Kevin Shirley, também já levantou um pouco mais o véu em relação ao que os fãs poderam esperar, detalhando todo o processo de concepção do disco. “Escolhemos gravar novamente no Guillaume Tell Studio, em França, porque é um lugar com uma vibração muito descontraída“, diz o baixista e timoneiro do sexteto. “A configuração é perfeita para as nossas necessidades; o prédio costumava ser um cinema e tem um teto muito alto, por isso a acústica é óptima“. O músico veterano explica ainda que gravaram o novo disco exactamente da mesma forma que fizeram o anterior «The Book Of Souls», num processo em que escrevem uma música, ensaiam e, depois, colocam “o material de imediato na mesa enquanto ainda está fresco“. Quanto as esses tais temas que podem surpreender os fãs, Harris confirma que “há algumas canções muito complexas neste álbum e deu-nos muito trabalho fazê-las soarem exactamente como queríamos que soassem, por isso, em momentos, foi um processo muito desafiador, mas o Kevin é óptimo a captar a essência da banda e acho que valeu a pena o esforço! Estou muito orgulhoso do resultado e mal posso esperar que os fãs ouçam o álbum completo.”