IRON MAIDEN

IRON MAIDEN: 44 anos de «Iron Maiden»

A 14 de Abril de 1980, os IRON MAIDEN deram o tiro de partida para uma carreira exemplar. Entre o punk e o rock progressivo, o heavy metal nunca mais foi o mesmo.

Os IRON MAIDEN são uma instituição. Ao longo de mais de 40 anos, assumiram um destemido espírito
de independência criativa, dedicação feroz aos seus fãs e uma salutar indiferença perante todos os seus
críticos, mantendo inalterada uma atitude que lhes conquistou uma legião de seguidores que abrange todas as culturas, gerações e fusos horários. Uma história de determinação e corajoso desafio aos mais derrotistas, uma aventura como nenhuma outra, protagonizada por um grupo de músicos que continua a não mostrra sinais de desaceleração.

Formados pelo baixista Steve Harris em meados dos 70s, os IRON MAIDEN já eram uma força a ter em conta no underground londrino quando invadiram o mundo com o seu álbum de estreia. Esse disco daria o mote para uma década de lançamentos clássicos e tours obstinadas, que acabariam por simbolizar de uma forma inegável o compromisso implacável, intransigente e inabalável por que são hoje conhecidos.

Originalmente editado a 14 de Abril de 1980 pelas editoras EMI, Capitol e Harvest, o álbum de estreia dos IRON MAIDEN, quinteto então formado por Paul Di’anno na voz, Steve Harris no baixo, Dave Murray e Dennis Stratton nas guitarras e Clive Burr na bateria foi lançado há 44 anos. Lançado na sequência da maqueta que os transformou num caso de sucesso nos clubes londrinos, as gravações conhecidas como «The Soundhouse Tapes», disponibilizadas em 1979, «Iron Maiden» foi gravado, segundo Harris, num período de apenas treze dias, nos Kingsway Studios, em em Londres, Inglaterra, com o produtor Wil Malone, que surge creditado nas liner notes como Will Malone.

Esta foi, de resto, a primeira e última colaboração dos músicos com o engenheiro de som britânico, que revelou pouco interesse no que estavam a fazer em estúdio, deixando-os a “produzir” o material sozinhos.

Apesar da crueza da abordagem — e. se calhar, muito graças a ela também –, o álbum chegou aos escaparates em estado de graça, captando a energia, misto de punk e heavy metal, que caracterizava as suas actuações ao vivo. Lançado num ano que também assistiu à edição de títulos incontornáveis dos Motörhead, Saxon e Angel Witch, os IRON MAIDEN garantiram o seu lugar à cabeça da New Wave Of British Heavy Metal, alcançando reconhecimento comercial (e o Top 5 no Reino Unido) e estabelecendo-os como uma banda com talento suficiente para morder os calcanhares aos Judas Priest.

Com um pé no punk rock — o D.I.Y. da produção, os ritmos acelerados e as vocalizações grosseiras de Di’Anno — e outro na ambição criativa de uma banda de rock progressivo, nasceu aqui muito do heavy metal como o conhecemos hoje.