Já são conhecidos os nomeados para a indução do Rock & Roll Hall Of Fame deste ano, com os IRON MAIDEN e RAGE AGAINST THE MACHINE a surgirem entre os dezasseis nomes revelados. Os titãs do heavy metal e do rock juntam-se assim a uma lista que fica completa com Foo Fighters, Mary J. Blige, Kate Bush, The Go-Go’s, Jay-Z, Carole King, Devo, Chaka Khan, Fela Kuti, LL Cool J, New York Dolls, Todd Rundgren, Tina Turner e Dionne Warwick. “Estas nomeações refleteM a diversidade e profundidade dos artistas e da música que o Rock & Roll Hall Of Fame celebra”, disse John Sykes, presidente da Fundação Rock & Roll Hall of Fame. “Todos estes candidatos deixaram um impacto indelével na paisagem sónica do mundo e influenciaram inúmeros artistas que os seguiram.”
Todos estes artistas tornaram-se elegíveis para indicação pelo Rock Hall 25 anos após o lançamento da sua primeira gravação oficial — portanto, todos editaram álbuns em 1995 ou antes. No caso específico dos IRON MAIDEN, que são os maiores bastiões da New Wave Of British Heavy Metal e lançaram o álbum de estreia homónimo a 14 de Abril de 1980, os músicos já estavam aptos a integrar a instituição desde 2005, mas surpreendentemente esta é a primeira nomeação. Os indicados incluem a actual iteração do grupo — Bruce Dickinson, Steve Harris, Nicko McBrain, Adrian Smith, Dave Murray e Janick Gers — e também três dos seus ex-membros, Paul Di’Anno, Clive Burr e Dennis Stratton. Entretanto, já estão abertas as votações por parte dos fãs, que podem escolher os cinco nomes favoritos até ao dia 30 de Abril.
Com este anúncio fica uma dúvida no ar: será que Bruce Dickinson vai cumprir a promessa que fez em 2018? Nessa altura, numa entrevista ao Jerusalem Post, o vocalista dos IRON MAIDEN mostrou-se visivelmente aborrecido com o facto de muitas bandas clássicas do rock e do heavy metal, talvez não por coincidência quase todas britânicas, ainda não integrarem o Rock & Roll Hall Of Fame. Além disso, o músico foi ainda mais longe, ao dizer que recusaria a sua nomeação caso ela alguma vez acontecesse. “Na verdade, estou muito feliz de não estar lá e não tenho qualquer ambição de lá estar. Se fomos induzidos, vou recusar — eles não me terão lá. O rock and roll não pertence a um mausoléu em Cleveland. É uma coisa viva, que respira. Se o colocarem num museu, estará morto. É muito pior que horrível: é vulgar“, afirmou Dickinson.