“Provavelmente nunca teria conhecido o Steve Harris se não fosse vocalista dos Iron Maiden”, constata o Sr. Dickinson.
BRUCE DICKINSON anda actualmente a promover o seu álbum de regresso a solo e, recentemente, fez alguns concertos no Brasil, onde foi convidado para participar no episódio de 8 de Maio do talk show televisivo “Conversa Com Bial”. Durante a conversa, o cantor britânico foi questionado sobre se os IRON MAIDEN são uma democracia e, de forma pouco surpreendente, respondeu negativamente. “Em última análise, não podes ter uma equipa a funcionar como uma democracia“, respondeu Dickinson.
“Uma equipa de futebol não é uma democracia. É preciso ter um treinador, é preciso ter um capitão, é preciso ter um plano de jogo, e as pessoas têm de segui-lo. Agora, vocês podem discordar, até podem discutir e discutir, porque quando somos apaixonados por alguma coisa, temos argumentos. Com os Iron Maiden, dividimos as coisas e, agora, tudo funciona muito naturalmente, organicamente mesmo. Se o Steve estiver realmente louco com a ideia de trabalhar sozinho musicalmente, por mim está tudo bem.
O que faço é juntar-me ao Adrian e escreveremos as nossas coisas. Se servir, óptimo; se não servir, não há problema. Isso é saudável, porque aprendermos a ser tolerantes uns com os outros, basicamente porque não somos iguais. Todos temos interesses diferentes, todos temos atitudes ligeiramente diferentes. Não é como se nos conhecêssemos todos desde a infância ou algo assim.
Eu provavelmente nunca teria conhecido o Steve Harris se não fosse vocalista dos Iron Maiden. Nunca teria conhecido o Nicko McBrain se ele não fosse o baterista. Mas todos crescemos juntos. acabou por tornar-se uma espécie de família, porque nos toleramos e cuidamos uns dos outros”, conclui o cantor dos IRON MAIDEN.
Há dois meses, BRUCE DICKINSON foi questionado pelo Stereogum sobre o facto de não ter havido nem uma mudança na formação nos IRON MAIDEN desde que ele e Adrian Smith voltaram à banda em 1999. “Acho que todos crescemos o suficiente para apreciar isto“, respondeu ele. “Somos indivíduos separados, que se reuniram para tocar nos Iron Maiden Acho que o que irritou Adrian, e a mim até certo ponto, foi a ideia de que éramos apenas uma bolha homogénea. O Adrian rebelou-se contra isso. Eu também não gostei muito da ideia de estarmos a abdicar da vossa individualidade em prol do todo.“
Dickinson juntou-se aos IRON MAIDEN em 1981, substituindo Paul Di’Anno, e fez a sua estreia com a banda no álbum de 1982 «The Number Of The Beast». Deixou o grupo em 1993, seguindo a sua bem sucedida carreira a solo, e voltou ao grupo em 1999. Durante a sua ausência, a banda lançou dois álbuns com seu sucessor, o ex-vocalista dos WOLFSBANE, Blaze Bayley: «The X Factor» de 1995 e «Virtual XI» de 1998.