Enquanto os IRON MAIDEN não retomam as suas actividades ao vivo, o sempre ocupado Bruce Dickinson anda em mais uma das suas digressões de spoken word e, numa das mais recentes, que aconteceu em Quebec, no Canadá, voltou a falar dos motivos que o levaram a abandonar o grupo nos anos 1990. Sem grandes surpresas, segundo Dickison, a principal motivação para sua saída foi mesmo a vontade de prosseguir com a sua carreira solo. “Para ser muito honesto, fiquei tão surpreso como qualquer outra pessoa“, disse referindo-se à sua própria decisão. “Não acho que as pessoas acreditassem que seria capaz de fazer isso naquela época. No entanto, eu comecei a achar que, se ficasse com os Maiden para sempre, tudo que aprenderia seria como era estar nos Maiden. E, para saber como eram as coisas fora dos Maiden, tinha mesmo de sair, porque, a menos que saísse, ninguém levaria nada do que eu fizesse a sério“. O músico continuou: “Era sempre algo do género ‘Oh, Deus o abençoe. Ele está a fazer um disco solo. Deixem-no divertir-se para que ele possa voltar para os Iron Maiden’. E eu odiava isso, portanto pensei ‘Que se foda. Vou-me embora’.” A primeira passagem de Bruce pela banda, que se iniciou em 1981, rendeu um total de sete álbuns: «The Number Of The Beast» (de 1982), «Piece Of Mind» (de 1983), «Powerslave» (de 1984), «Somewhere In Time» (de 1986), «Seventh Son Of A Seventh Son» (de 1988), «No Prayer For The Dying» (de 1990) e «Fear Of The Dark» (de 1992). Seis anos após a separação, Bruce retornou aos IRON MAIDEN trazendo consigo o guitarrista Adrian Smith. Desde então, o grupo lançou um total de seis discos de estúdio: «Brave New World» (de 2000), «Dance Of Death» (de 2003), «A Matter Of Life And Death» (de 2006), «The Final Frontier» (de 2010), «The Book Of Souls» (de 2015) e «Senjutsu» (de 2021).