IRON MAIDEN: À conversa com Harris [entrevista]

É já hoje, sexta-feira, dia 13 de Julho, que os enormes IRON MAIDEN sobem ao palco da Altice Arena, em Lisboa. Em mais uma data da Legacy Of The Beast Tour, que foi inspirada no jogo para telemóvel e no livro de B.D. do mesmo nome. O design do palco contará com uma série de “mundos” diferentes, mas interligados, e o alinhamento definido vai cobrir uma grande selecção de material dos anos 80 e algumas surpresas de álbuns posteriores para adicionar diversidade.

A abertura da Legacy Of The Beast World Tour aconteceu em Talin, na Estónia, a 26 de Maio e termina na O2 Arena, em Londres, a 10 de Agosto, sendo que a lendária banda britânica tem passagem marcada por Portugal para um concerto único na Altice Arena. Em jeito de antecipação ao espectáculo que vamos ver daqui a umas horas, conversámos com o baixista Steve Harris sobre a produção que têm na estrada e o alinhamento do espectáculo.


Como funciona esta ideia de juntar um jogo — o Legacy Of The Beast, onde temos três universos diferentes para conquistar — a uma digressão?
Temos três universos – Guerra, Religião e Inferno. A digressão é baseada, vagamente, no jogo onde há alguns destes elementos. Mas acabou por nos dar uma ideia e quisemos fazer algo mais teatral a nível de palco. Apesar de sempre termos tido essa vertente teatral, desta vez levámos esse conceito um pouco mais longe. Por exemplo o Bruce está em “personagem” um pouco mais do que é habitual, algo que ele adora fazer. [risos] Por isso está tudo bem!

Será esta a maior produção de palco de um concerto dos Iron Maiden? Há, por um exemplo, um avião Spitfire em palco e, na «Flight Of Icarus», o Bruce anda com um lança-chamas…
Ele adora essas coisas, mas não podemos estar muito perto dele e nem tu podes estar com essa barba! [risos] O meu cabelo, às vezes, fica um pouco como um fardo de palha e, por isso, temos de ter algum cuidado. Na verdade, o Bruce parece um miúdo numa loja de doces! [risos] É muito engraçado… Obviamente que não será muito engraçado quando pegar fogo a um de nós, mas ele está a divertir-se imenso.


Mas, para vocês, também é motivador terem um palco diferente do habitual…
Sim, claro. As músicas também se dão a esse tipo de imaginário, por isso divertimo-nos sempre em palco. Acho que, desta vez, conseguimos fazer algo muito bom… Eu já tinha tido essa percepção na fase da pré-produção e sempre que se prepara uma nova digressão, seja ela qual for, pensamos até onde poderá ir essa produção e se será tão boa como nos sketches. Acho que, desta vez, resultou muito bem.

Em relação ao alinhamento para esta digressão… Quem decidiu os temas que são tocados?
Normalmente sou eu e o Bruce que decidimos, mas desta vez ele tinha uma lista de coisas que nós devíamos fazer e acabámos apenas por mudar umas poucas. Foi por isso que nem discuti o alinhamento que o Bruce escolheu, porque me pareceu logo muito bom. Houve duas coisitas que não encaixaram dentro da temática que íamos fazer, mas foi apenas por essa razão que as mudámos.

Podes ler o resto desta entrevista na LOUD! #209, de Julho de 2018 — já disponível nas bancas!


O alinhamento dos concertos durante a digressão Legacy Of The The Beast:

[intro] Churchill’s Speech
01. Aces High
02. Where Eagles Dare
03. 2 Minutes to Midnight
04. The Clansman
05. The Trooper
06. Revelations
07. For the Greater Good of God
08. The Wicker Man
09. Sign of the Cross
10, Flight of Icarus
11. Fear of the Dark
12. The Number of the Beast
13. Iron Maiden

Encore:
14. The Evil That Men Do
15. Hallowed Be Thy Name
16. Run to the Hills
[outro] Always Look on the Bright Side of Life