Pois é, apesar de todas as críticas feitas aos serviços de streaming, a verdade é que essas plataformas continuam a impulsionar o crescimento da indústria musical. De acordo com um novo relatório da RIAA, o órgão que controla a distribuição de música gravada, o mercado registou um crescimento de 27% só na primeira metade de 2021, tendo gerado 7,1 mil milhões de dólares. Em 2020, esse valor atingiu 5,1 mil milhões durante o mesmo período. Desse total, 84% da receita vem directamente de serviços como Spotify, Apple Music e Deezer — e, só com as assinaturas pagas, foram arrecadados cerca de 4,6 mil milhões. Em média, na primeira metade deste ano identificaram-se 82 milhões de pessoas como assinantes dos serviços premium das plataformas. Vale a pena dizer ainda que, de acordo com a Mixmag, esse número representa apenas as inscrições que foram feitas e não o total existente ; ou seja, é provável que o verdadeiro número de inscritos seja bem maior. Note-se aqui que, apesar da predominância do streaming, as vendas físicas também têm tido um resultado bastante positivo e apresentam crescimento na primeira metade deste ano. O relatório aponta para um aumento de 94% das vendas de discos de vinil, mas até mesmo os CDs — outrora considerados obsoletos — tiveram um crescimento de 43,9%.