Um empresário britânico, que facturou mais de um milhão de euros, a vender discos de vinil “piratas” foi detido pelas autoridade depois de um fã dos THE CLASH ter notado que a qualidade do som de um LP que tinha comprado online não era tão nítida quanto devia ser. O comprador exigiu então o seu dinheiro de volta e, quando o reembolso lhe foi recusado, reclamou junto das autoridades competentes que, segundo o jornal britânico The Guardian, iniciaram de imediato uma investigação a Richard Hutter. Os investigadores começaram por adquirir dois LPs — o «Appetite For Destruction», dos GUNS N’ ROSES, e o «Songs For The Deaf», dos QUEENS OF THE STONE AGE — e constataram que ambos eram contrafeitos. A casa do Sr. Hutter foi então revistada e a polícia apreendeu-lhe o telefone e o laptop, o que levou à descoberta da escala da operação que geria. Quando questionado, o homem começou por negar saber de que se tratavam de discos falsificados e disse que os comprou para revenda a distribuidores na Europa, mas acabou por se dar como culpado de 13 acusações de venda de registos falsificados.
Eventualmente, a equipa de investigação acabou por concluir que o Hutter tinha vendido milhares de discos falsos a fãs de rock e pop durante um período de seis anos, com títulos de artistas tão reverenciados como os THE BEATLES, PINK FLOYD, NIRVANA ou Amy Winehouse a serem disponibilizados através do seu próprio site e na plataforma eBay a preços que rondavam os 40 euros por cópia. “As vendas de vinil diminuíram rapidamente depois dos CDs terem sido introduzidos no mercado, mas o ressurgimento do vinil começou por volta de 2010“, disse Martin Thursby, da Dorset Trading Standards, ao The Guardian. “A procura agora é tão grande que não há fábricas de vinil suficientes para que se consiga atender à demanda. O Sr. Hütter estava ciente do aumento da popularidade e montou este negócio para tirar proveito disso. Os LPs que estava a vender eram geralmente cópias boas que vieram à tona porque foram compradas por fãs ávidos que conseguiram identificar as pequenas diferenças que provavam que os discos eram falsificados.” Richard Hutter, de 55 anos, é oriundo de Ringwood, no Hampshire, e recebeu uma sentença de prisão suspensa de quatro meses, sendo condenado a fazer 250 horas de trabalho não remunerado e a usar uma pulseira electrónica nos próximos três meses.