É já amanhã, dia 4 de Junho, que se realiza mais uma edição do MOSHER FEST. Um dos cabeças-de-cartaz do festival são os HOLOCAUSTO CANIBAL, que lançaram recentemente o muito aguardado «Crueza Ferina» numa parceria entre a editora polaca Selfmadegod e a nacional Larvae Records. Recorde-se que desde 2017 que os grindsters nacionais não lançavam um novo álbum de originais e este muito aguardado sucessor de «Catalépsia Necrótica: Gonorreia Visceral Reanimada», de 2017, vai obviamente servir de base à passagem da banda portuense pela DRAc, na Figueira da Foz. Antes de iniciarem uma sucessão de datas por Portugal, o guitarrista António C. e o baixista Z. Pedro estiveram à conversa com a LOUD!.
Pode dizer-se que este novo álbum está a revelar-se o lançamento mais internacional da vossa carreira ou isto é apenas resultado de, agora, haver mais promoção nas redes sociais?
Z. Pedro: Podem ser as duas coisas. Efectivamente, a editora e opções de PR que tivemos estão a resultar bastante bem. Já conhecíamos o trabalho do PR norte-americano com os The Ominous Circle, e trabalhava bem neste nível. Por outro lado, quando vemos que houve quase uma década entre a edição de dois álbuns de longa-duração da banda, podemos pensar que o marketing nas redes não era tão forte na altura. É o disco que está a ter mais visibilidade por causa das duas coisas. Ter um PR norte-americano e outro europeu, e nós próprios a colmatarmos pequenas falhas, resulta melhor.
Hoje é fácil ter discos cá fora, complicado é ainda ser falado ao fim de um mês. Como vão colmatar isso?
António C: Isso é fácil de colmatar e a receita é sempre a mesma. É tocar. Tocar, tocar, tocar. Não tens hipótese. Para promover agora, temos de tocar.
ZP: Não tenho o distanciamento necessário para fazer esse tipo de análise, mas creio estar a haver uma vaga de fundo promocional, bastante mais competente e efectiva que em outros lançamentos. A nível nacional só agora as coisas estão a arrancar, com o envio de promos digitais para rádios. Opção nossa, para ter tudo mais perto do momento em que temos o material físico em mãos. No resto é como o Tó diz. Vamos ter os próximos quatro Sábados com concertos. Alguns até sexta e sábado. Isso vai ser uma grande ajuda para cimentar o álbum. Depois é ir tocando e fazendo iniciativas promocionais. Não vamos estar muito tempo parados; no nosso caso, além do álbum novo, temos a efeméride dos 25 anos.
Por cá há já vários festivais agendados, como o Mosher e o Nada Fest. Em relação a eventos internacionais já agendados e adidados, como é o caso de um no Japão, o que estão a planear fazer?
ZP: O Japão vai acontecer. A organização ainda está a fazer eventos mais domésticos. Ainda no outro dia editei um disco dos Pulmonary Fibrosis a meias com eles, pelo que há um contacto de proximidade. Até há pouco tempo Portugal ainda estava numa “no entry list” no Japão. Não sei se vão acontecer eventos com bandas de fora ainda este ano, mas o festival a que íamos, só deve acontecer para o ano, pelo menos. Tínhamos outras coisas pendentes, na República Checa e na Alemanha, que só se vão materializar para o ano, por opção nossa. A nível internacional, vai quase tudo passar para o ano, ficando só datas em Espanha que faremos este ano com alguma predominância. Outros cenários internacionais, também é opção nossa adiar, até tudo isto estar a estabilizar. Este ano serão mais voos domésticos.
Falavam na celebração dos 25 anos de carreira, e devem ter planos nesse sentido.
ZP: Se calhar vamos ter mais iniciativas, algumas ainda vamos pensar, mas para já, o mais palpável, passa por uma box-set com a discografia toda. Por acaso, em Janeiro deste ano, recuperámos os direitos do «Gorefilia», o único que faltava. Neste momento, os direitos, em relação a edições passadas, estão todos do nosso lado. Vamos fazer a reedição da box, com algumas particularidades, fazendo um puzzle na lombada, e as contra-capas em maior.
Uma box de Cds?
ZP: Sim, devido à morosidade do vinil e como alguns trabalhos são longos, as edições teriam de ser duplas. O CD é mais exequível para cumprir a celebração dos 25 anos sem atrasos nenhuns. Estamos a pensar nisso para o último trimestre do ano. Acontecerá em Outubro ou Novembro.
Além dos álbuns há também os splits e algund temas espalhados.
AC: Vão ser cinco álbuns, pois o «Crueza Ferina» não entra, obviamente, mais um sexto disco que vai compilar material de EPs, splits, até a demo. Ainda falámos na hipótese de haver espaço para mais alguma coisa.
ZP: Vai ter uns inéditos e algo mais. Até já tínhamos título, mas ainda nada definitivo.
Uma vez que o «Crueza Ferina» foi criado para tocar ao vivo, será fácil voltar aos antigos alinhamentos para celebrarem os 25 anos de carreira?
ZP: O nosso set actual, embora tenha o disco novo quase todo na íntegra, percorre os clássicos incontornáveis, de outros álbuns. A nível de clássicos, serão uns seis. Não pensamos fazer aqueles sets mais clássicos, porque ainda há pouco o fazíamos. Claro que, em posição de headlining, teremos mais tempo e podemos inserir mais músicas nos alinhamentos. Não antevejo que seja necessário fazermos uma adaptação muito grande, pois o set está bem construído e super fluído.
AC: No outro dia falávamos sobre isso, e como fazer encore, e não fazemos ideia do que meter lá porque está tudo muito oleado e fluído. Está tudo tão intuitivo e rotinado que não sei se não irá quebrar a onda.
O MOSHER FEST acontece a 4 de Junho, com os MORTE INCANDESCENTE a dividirem a cabeça-de-cartaz com os HOLOCAUSTO CANIBAL. A eles juntam-se ainda os TALES FOR THE UNSPOKEN, DIABOLICAL MENTAL STATE, DALLIAN, JUNKBREED, THRASHWALL e TAKE BACK. Como sempre, os concertos começam a horas na DRAc, na Ilha da Morraceira, logo pelas 15:30, com as portas a abrirem meia-hora antes. Haverá bilhetes disponíveis no próprio dia, sendo que também podem ser comprados online aqui.
O MOSHER FEST acontece a 4 de Junho, com os MORTE INCANDESCENTE a dividirem a cabeça-de-cartaz com os HOLOCAUSTO CANIBAL. A eles juntam-se ainda os TALES FOR THE UNSPOKEN, DIABOLICAL MENTAL STATE, DALLIAN, JUNKBREED, THRASHWALL e TAKE BACK. Como sempre, os concertos começam a horas na DRAc, na Ilha da Morraceira, logo pelas 15:30, com as portas a abrirem meia-hora antes. Haverá bilhetes disponíveis no próprio dia, sendo que também podem ser comprados online aqui.