HETFIELD

JAMES HETFIELD recorda CLIFF BURTON: “Ele vive em todos nós”

JAMES HETFIELD, dos METALLICA, diz que ainda sente a influência de CLIFF BURTON nas suas canções.

JAMES HETFIELD, o guitarrista e vocalista dos METALLICA, foi questionado se ainda sente a influência do falecido baixista da banda, CLIFF BURTON, nas suas composições, durante uma aparição no último episódio do ‘The Metallica Report’, o podcast que oferece actualizações semanais sobre tudo o que está relacionado com a banda de São Francisco. Não surpreendentemente, o Sr. Hetfield respondeu de forma positiva, enfatizando toda a influência do seu antigo parceiro de composição.

Com certeza”, dispara logo JAMES HETFIELD. “O Cliff ainda vive em todos nós. A forma como ele vive em mim é que consigo canalizar, sabes, uma retórica do tipo ‘Cliff, o que seria realmente fixe fazer aqui?’ E tenho tanta, mas tanta, consideração por ele que ainda lhe peço ajuda. Isto, para mim, é um padrão muito elevado. É claro que já temos padrões elevados para nós próprios, mas se conseguir impressionar o Cliff, foi um bom dia.

CLIFF BURTON foi convidado para se juntar aos METALLICA em 1982, depois da banda o ter visto actuar com o seu grupo na altura, os TRAUMA, na Sunset Strip. O baixista não estava disposto a mudar-se para Los Angeles, onde os METALLICA estavam sediados, pelo que decidiram eles mudar-se para a cidade de São Francisco, para que ele se juntasse à banda. Burton tocou nos três primeiros álbuns de estúdio dos METALLICA, «Kill ‘Em All», «Ride The Lightning» e «Master Of Puppets», e co-escreveu temas clássicos como «Ride The Lightning», «For Whom The Bell Tolls», «Fade To Black», «Creeping Death» e «Master Of Puppets».

Clifford Lee Burton nasceu na Califórnia a 10 de Fevereiro de 1962 e tinha dois irmãos, Scott e Connie, assim como um pai que lhe apresentou a música clássica e o inspirou a matricular-se em aulas de piano. Começou a tocar baixo aos 13 anos e antes de descobrir o heavy metal, apaixonou-se por estilos como o jazz, o country e os blues, que o ajudaram a tornar-se um músico não apenas extremamente talentoso como também com muito conhecimento técnico. O incentivo para tocar baixo veio de uma tragédia familiar e, após a morte do irmão, CLIFF BURTON jurou que iria transformar no “melhor baixista de todos os tempos em sua honra”.

Tendo como ídolos Lemmy Kilmister, Geezer Butler Geddy Lee, Cliff envolveu-se em vários projectos enquanto ainda andava na Castro Valley High School — nos EZ-Street partilhou a sala de ensaios com Jim Martin e Mike Bordin, que anos mais tarde formariam os FAITH NO MORE. Em 1982, CLIFF BURTON ingressou nos TRAUMA, a maior banda onde já havia tocado e foi num concerto desse grupo, no lendário Whisky A Go Go, em Los Angeles, que James Hetfield Lars Ulrich o viram em palco pela primeira vez.

Diz a lenda que os jovens Hetfield e Ulrich ficaram tão impressionados que convidaram de imediato Cliff para substituir Ron McGovney. O baixista aceitou o convite, mas impôs-lhes uma condição: a banda teria de mudar-se de Los Angeles para a região de São Francisco. Poucas semanas depois, Hetfield, Ulrich e Dave Mustaine foram viver para El Cerrito e o resto, como se costuma dizer, é história. Juntos, Cliff, Hetfield, Ulrich e Hammett, os METALLICA, gravaram os clássicos «Kill ‘Em All», «Ride The Lightning»«Master Of Puppets», até que — na madrugada de 27 de Setembro de 1986 — o músico faleceu vítima de um desastre rodoviário enquanto o grupo andava em tour pela Europa.