Na presente pandemia o processo de vacinação opõe-se ao desenvolvimento da mesma e a grande incógnita passa pelo início do Verão e festivais que decorrem por essa altura. A organização do festival francês HELLFEST tem vindo a revelar publicamente as suas preocupações e tudo indica que Fevereiro pode ser o mês em que tudo se vai decidir. A LOUD! já afirmou que o cartaz do HELLFEST para 2021 é um sonho, mas para Benjamin Barbaud, director artístico e fundador do festival, tem sido um pesadelo.
O organizador não se tem cansado de explicar que precisa de começar a trabalhar no festival com meses de antecedência, por isso já contactou o Ministério da cultura francês. A reunião, solicitada em carta aberta já este ano, decorreu na passada sexta-feira, por vídeo conferência. Na referida reunião, Roselyne Bachelot, ministra da cultura francesa, pôde escutar Barbaud. Ainda sem conclusões, é o próprio organizador a vir a público anunciar que as próximas duas semanas serão críticas para a tomada de decisão. De acordo com o que Benjamin tornou público, outros organizadores estiveram envolvidos na reunião.
Desde cedo que Barbaud se declara céptico que medidas de distância sejam efectivas num festival de metal em que todos confraternizam de uma forma particular. Da mesma maneira, o organizador avisa que será complicado para uma organização estar dois anos sem realizar um festival. Das palavras do fundador e mentor do HELLFEST, pode depreender-se que um eventual cancelamento da edição de 2021, pode levar mesmo à extinção do festival, ou pelo menos a sérios problemas financeiros. Fevereiro pode ser, assim, o mês decisivo para um conjunto de festivais europeus, questionando-se mesmo se alguns artistas arriscarão uma digressão europeia onde só poderão aparecer em alguns eventos. Para muitos festivaleiros, este mês poderá ser ainda mais negro que Janeiro.