GUNS N' ROSES

GUNS N’ ROSES esclarecem polémica em torno de AXL ROSE: “Não teve nada a ver com o Isaac Carpenter”

Declarações oficiais afastam rumores após um momento de tensão durante o concerto dos GUNS N’ ROSES em Buenos Aires.

O episódio de fúria protagonizado por Axl Rose durante o concerto dos GUNS N’ ROSES em Buenos Aires, no passado dia 18 de Outubro, gerou um turbilhão de especulações entre os fãs e os meios de comunicação. No Estadio Huracán, perante uma multidão argentina em êxtase total, o vocalista norte-americano foi visto a atirar o microfone contra a bateria do novo membro da banda, Isaac Carpenter, e depois a sair momentaneamente do palco durantea canção de abertura, «Welcome To The Jungle».

Uns momentos depois, num momento que rapidamente se tornou viral, Axl voltou a atirar violentamente o microfone ao bombo de Carpenter — um gesto que muitos interpretaram como um ataque directo ao baterista. Perante a escalada da controvérsia, os GUNS N’ ROSES emitiram um comunicado oficial a 22 de Outubro, esclarecendo que a reacção intempestiva de Rose não teve origem em conflitos pessoais, mas sim em problemas técnicos que afetaram o início do espetáculo.

Segundo a nota da banda: “Durante a canção de abertura do nosso concerto em Buenos Aires, o sistema de in-ear monitor do Axl só transmitia a percussão, em vez de toda a mistura de som. O problema foi resolvido pela nossa equipa técnica até à terceira música, e o resto da noite correu muito bem. A situação nada teve a ver com o desempenho do Isaac Carpenter, que é excepcional e um grande baterista.”

O esclarecimento surge após dias de intensa discussão nas redes sociais, onde se multiplicaram vídeos amadores do momento e teorias sobre um possível desentendimento interno. O regresso de Axl Rose a comportamentos explosivos fez recordar o temperamento volátil que, nos anos 90, o tornou tanto numa figura lendária quanto imprevisível. Contudo, a banda apressou-se a dissipar essa imagem, sublinhando que a actual formação mantém um ambiente estável e profissional.

Isaac Carpenter, que entrou para os GUNS N’ ROSES em Março deste ano, substituindo Frank Ferrer, é conhecido pelo seu trabalho com projectos como Awolnation e Loaded, a banda de Duff McKagan. A integração do baterista foi bem recebida tanto pelo público como pelos restantes membros do grupo, sendo descrito por fontes próximas como “um músico talentoso, versátil e bem ajustado à dinâmica da banda”.

No concerto em Buenos Aires, o incidente ocorreu logo durante a entrada triunfal com «Welcome To The Jungle», uma das canções mais emblemáticas do álbum «Appetite for Destruction». Rose, visivelmente frustrado, abandonou o palco durante alguns minutos, regressando apenas após a equipa técnica intervir para corrigir a falha nos monitores. Segundo testemunhas no local, a tensão dissipou-se gradualmente e o espectáculo prosseguiu sem mais incidentes, com uma setlist que incluiu clássicos como «Sweet Child O’ Mine», «November Rain» e «Paradise City», recebidos com entusiasmo pelo público argentino.

A relação de Axl Rose com problemas de som não é nova. O cantor dos GUNS N’ ROSES tem um longo histórico de exigência extrema em matéria de monitorização e mistura, sendo conhecido por reagir de forma impulsiva quando algo compromete o seu desempenho ao vivo. Ainda assim, a sua postura mais controlada nas últimas digressões havia reforçado a percepção de um artista mais maduro e disciplinado. O episódio em Buenos Aires, embora breve, reacendeu o debate sobre o temperamento do Sr. Rose e a pressão inerente a uma carreira de mais de quatro décadas.

A digressão atual dos GUNS N’ ROSES, que tem percorrido a América do Sul com várias datas esgotadas, vai continuar conforme planeado, sem alterações anunciadas. O comunicado da banda deixa, de resto, claro que o incidente não provocou fracturas internas e que o grupo segue unido. “Tivemos uma ótima noite e o público foi incrível”, acrescentaram os músicos, num tom de reconciliação.

Com mais de 35 anos de carreira, Axl Rose, Slash e Duff McKagan continuam a liderar uma das bandas mais influentes da história do rock, conciliando o peso da herança dos anos 80 com uma base de fãs global e multigeracional. O breve momento de tensão em Buenos Aires parece já relegado ao passado — um lembrete de que, mesmo num palco tão lendário, os imprevistos técnicos podem pôr à prova até os gigantes do rock como os GUNS N’ ROSES.