GREAT AMERICAN GHOST: «Tragedy Of The Commons», o metalcore em mutação [streaming]

Com uma combinação de letras provocadoras, produção refinada e abordagem sonora renovada, os emergentes GREAT AMERICAN GHOST parecem estar prestes a consolidar o seu lugar entre os pesos-pesados do metal contemporâneo.

Os norte-americanos GREAT AMERICAN GHOST preparam-se para dar início a um novo capítulo da sua carreira com o lançamento de «Tragedy of the Commons», o seu muito aguardado novo longa-duração, que chegou hoje, sexta-feira, dia 31 de Janeiro, às lojas e às plataformas de streaming através da editora SharpTone Records. Ora bem, sendo que sempre se destacaram pela intensidade e pelo enorme desejo de reinventarem o metalcore, com «Tragedy Of The Commons», os músicos de dão aqui um salto bastante audacioso, abraçando elementos de noise e industrial sem perderem a veia agressiva que os caracteriza.

Do arranque com «Kerosene», a transformação é evidente: riffs abrasivos e ritmos hardcore fundem-se com uma estética sonora mais áspera, aproximando-os de nomes como UNIFORM e FULL OF HELL. Ao longo do disco, os GREAT AMERICAN GHOST exploram novas texturas — na «Echoes Of War» andam por ali no flirt com melodias pós-hardcore, enquanto que a «Lost In The Outline» troca os clichês do metalcore por uma densa fusão de deathcore e melodia.

Mesmo nos momentos mais acessíveis, como «Forsaken», há sempre uma reviravolta inesperada — seja um riff podre de death metal ou mudanças abruptas de intensidade. «Ghost In Flesh» é um turbilhão de emoções, enquanto «Genocide» resgata uma faceta política e industrial que poderá apontar para futuros desenvolvimentos. Uma coisa é certa, se não rasgam por completo o manual do metalcore, os GREAT AMERICAN GHOST tratam certamente o reformulá-lo à sua maneira. «Tragedy Of The Commons» dá o reflexo de uma banda em plena evolução, mantendo a agressividade intacta, mas abrindo novas frentes de batalha.

Recorde-se que, há umas semanas, os GREAT AMERICAN GHOST tinham “libertado” um aperitivo para o que estava para vir, com o single «Echoes Of War», tema que, segundo o vocalista Ethan Harrison, é “a pedra angular que mantém todo o disco unido”. Ouvindo esse tema, percebeu-se que, sendo como o bom do Ethan diz, «Echoes Of War» apresentaria uma sonoridade que mistura toda a agressividade visceral do metalcore com subtis acentos industriais e uma inesperada sensibilidade rock. As guitarras cortantes e o peso rítmico que sustentam o tema, são complementados por um refrão hipnótico e perturbador, assente numa interpretação vocal carregada de emoção por parte de Harrison.

Numa declaração sobre a importância desta música no contexto do LP, Harrison sublinhava: “Esta canção é este disco. A pedra angular que mantém tudo unido. O culminar de tudo o que levámos para o estúdio e de tudo o que esperávamos alcançar com o «Tragedy Of The Commons». Este é o verdadeiro alicerce dos novos Great American Ghost.”

A nível lírico, «Echoes Of War» mergulha em reflexões sobre o livre-arbítrio — ou a ausência deste — , e tece uma narrativa sombria e desafiante. A abordagem reflete a verdadeira essência de «Tragedy Of The Commons», que aborda questões sociais e existenciais, como a exploração, a opressão e a escassez que marcam o mundo contemporâneo. Produzido pela banda com Will Putney, nome consagrado no mundo da música pesada actual, o novo longa-duração dos GREAT AMERICAN GHOST promete fundir a crueza do hardcore com a precisão metálica, sem deixar de lado momentos de melodia inesperada.

Para celebrar o lançamento do novo disco, os GREAT AMERICAN GHOST vão embarcar numa ambiciosa tour europeia com os BLEED FROM WITHIN e os AFTER THE BURIAL, que tem uma paragem no nosso país agendada para o dia 3 de Outubro, no LAV – Lisboa Ao Vivo. Recorde-se que os bilhetes para esse concerto já estão disponíveis em primeartists.eu e nos pontos de venda habituais, pelo valor de 30€.