Os roqueiros suecos GRAVEYARD regressam a Portugal com grandes expectativas para um concerto onde querem ver (e sentir) o entusiasmo dos fãs.
Ao longo dos anos, os GRAVEYARD têm construído uma reputação muito sólida como uma das mais consistentes bandas de rock da Europa. Com uma sonoridade que conjuga a densidade emocional do blues, a crueza do hard rock setentista e uma sensibilidade quase cinematográfica nos arranjos, o grupo sueco já percorreu o mundo inteiro. E se há coisa que aprenderam nessas viagens é que nem todos os públicos reagem da mesma forma.
“Os brasileiros são muito expressivos no que sentem em relação aos espectáculos. Cantam e dançam juntos, estão realmente a divertir-se“, diz Truls Mörck, baixista dos GRAVEYARD, em conversa descontraída sobre a mais recente digressão sul-americana da banda. “Cantavam e entoavam cânticos de futebol entre as músicas.“
Pois bem, numa altura em que se preparam para subir ao palco do LAV – Lisboa Ao Vivo, já no próximo Sábado, dia 26 de Abril, o grupo espera encontrar no público português uma energia semelhante à que viveu do outro lado do Atlântico. “Estamos ansiosos por ir a Espanha e Portugal“, afirma Truls. “Apesar de o mundo estar caótico, pelo menos temos isto, temos esta música que é realmente importante, e é algo pelo qual merece lutar.“
Formados em Gotemburgo em 2006, os GRAVEYARD cedo se destacaram no cenário europeu pelo seu som inconfundível — reminiscente dos Led Zeppelin, Cream ou dos mais melódicos momentos dos Black Sabbath, mas sempre com uma abordagem pessoal e emocionalmente honesta. Os seus concertos são conhecidos por viajarem entre a euforia e a contemplação, com variações de intensidade que desafiam o formato habitual do rock ao vivo. “As nossas actuações são mais como uma viagem com picos e vales, altos e baixos. É mais como um filme, de certa forma“, explica o vocalista. “Enquanto outras bandas funcionam como um soco na cara do início ao fim, nós preferimos criar uma experiência com dinâmica.“
Por isso mesmo, a ligação com o público é fundamental. E embora os suecos tenham um orgulho algo discreto nas suas raízes, o músicos dos GRAVEYARD reconhece as limitações emocionais da sua terra natal: “Na Suécia, as pessoas são um pouco mais rígidas. Parece que estão a ouvir o disco em casa e a bater palmas entre as canções.” E confessa: “Prefiro a forma como os portugueses, os brasileiros e os espanhóis, reagem. Faz-me sentir muito mais confortável, porque não tenho de estar o tempo todo a tentar adivinhar o que vai na cabeça das pessoas.“
Se a memória dos concertos passados não engana, o público português saberá corresponder. Afinal, o país já os recebeu antes — e sempre com grande entusiasmo. Para esta nova passagem por cá, espera-se um alinhamento que abrange os pontos altos da carreira dos GRAVEYARD, com destaque para temas do mais recente «Six», mas também para clássicos de «Hisingen Blues», «Peace» e «Lights Out».
Sobre o alinhamento, Truls Mörck explica que, por esta altura, já têm de fazer um certo equilibrismo. “Já conhecemos as pessoas e sabemos o que vai (ou não) funcionar”, explica o baixista dos GRAVEYARD. “Já sabemos o que as pessoas gostam de ouvir, sabemos aquilo que gostamos de tocar, e, no final, os nossos alinhamentos são basicamente 50/50. As primeiras canções que lançámos e que foram bem sucedidas, a «Hisingen Blues», por exemplo, temos obviamente de tocar. Depois, tentamos ir consoante o que sentimos.
Escolhemos sempre algo do álbum mais recente e muitos temas do «Peace», o nosso álbum de 2018, que são muito divertidos de tocar. Tocamos muitas dessas músicas, e também algumas do «Lights Out»… Há vários temas que tocamos sempre, na verdade. Tocamos sempre a «The Siren». Quem já nos viu algumas vezes ao vivo sabe bem que, normalmente, a tocamos no final do alinhamento. A «Hisingen Blues» é uma das outras que também nunca sai dos nossos alinhamentos.“
Os GRAVEYARD não são uma banda de exageros ou pirotecnia. São uma banda de entrega, autenticidade e groove. E no próximo Sábado, 26 de Abril, no palco do LAV – Lisboa Ao Vivo, esperam encontrar uma plateia que sinta, vibre, cante — e talvez, por que não?, até grite como numa bancada de estádio. Os bilhetes para o concerto, que conta também com os lusos MISS LAVA como convidados especiais, estão disponíveis em primeartists.eu e nos locais habituais.
