Tobias Forge, o líder e mentor dos GHOST, nunca foi propriamente tímido em relação à sua enorme adoração pelos METALLICA — aliás, até a sua versão da clássica «Enter Sandman», contida no álbum de homenagem «The Metallica Blacklist» é afectuosamente imaginativa. No entanto, durante uma conversa recente com o AL.com, o músico sueco admitiu que admira o icónico quarteto de thrash não só criativamente mas também comercialmente, especialmente durante a sua década inicial.
Perto do final da conversa, Forge discutiu o sucesso atípico dos GHOST, com o jornalista Matt Wake a afirmar que “nos dias que correm não há muitas bandas de rock tão grandes como os Ghost” e a pedir ao músico para explicar como é que o grupo conseguiu crescer tanto numa altura em que a pop, o R&B e o rap dominam de forma cada vez mais óbvia as tabelas de vendas.
Forge admitiu que existem “várias razões“, tais como as noções de que “não estão sempre a escrever o mesmo disco” e têm “tentado consistentemente dar aos fãs espectáculos cada vez melhores“, rematando — de forma algo irónica — com a noção de que “tentar ir além das possibilidades pode desafiar a lógica para muitas bandas“.
Ainda antes do final da conversa, o músico ofereceu dois exemplos bem específicos de artistas e álbuns com percursos que gostava de emular com a sua própria banda. “Sim, quero ser o que os Metallica eram nos anos 80, durante a digressão do «…And Justice For All». Quero ser esse tipo de banda, como os Iron Maiden eram na altura do «Powerslave». Quero apresentar esse tipo de espectáculo teatral e andar a tocar em arenas por todo o mundo“, confessou Tobias.
E, convenhamos, já esteve mais longe de concretizar esse sonho. Os GHOST têm estado a sair-se excepcionalmente bem nos últimos tempos; o mais recente LP da banda — «Impera», de 2022 – valeu-lhe o seu primeiro #1 na Billboard 200.