Os BLACK SABBATH têm quase duas dúzias de álbuns de estúdio no currículo, por isso é natural que as opiniões se dividam quando chega a altura de eleger o melhor… E também o pior. Enquanto várias publicações tendem a apontar o «Forbidden», de 1995, como o ponto mais baixo da carreira das lendas britânicas, o baixista fundador Geezer Butler aponta um dos discos que gravaram durante os anos 70 como o principal passo que deram em falso. Numa entrevista recente com a Metal Edge, o músico falou sobre quais são os seus LPs favoritos e menos favoritas dos BLACK SABBATH e, sem grande surpresa, confessou todo o seu amor pelos primeiros esforços da banda, bem como algum desdém pelo trabalho que desenvolveram durante a segunda metade da sua primeira década de existência. “Diria que o «Never Say Die!» é facilmente o pior álbum que fizemos“, confessou Geezer. “A principal razão para isso é que tentámos orientar a nossa carreira e produzir o álbum nós mesmos. Queríamos fazer tudo sozinhos mas, na verdade, nenhum de nós tinha a menor ideia do que fazer. Por essa altura, estávamos a gastar mais tempo com advogados e tribunais, em vez de nos focarmos na escrita e no estúdio. Tínhamos muita pressão sobre nós, e a composição foi prejudicada.” O músico nota ainda que, além dos problemas com Ozzy, sente que a banda estava a tentar progredir demasiado musicalmente. “Na minha opinião, acho que perdemos completamente o norte“, confessou ele. “Deixámos de fazer as coisas que faziam dos Black Sabbath o que eram e começámos adoptar uma abordagem mais melódica; o que, olhando para trás, foi um erro. O Ozzy sempre quis soar como a versão antiga do Black Sabbath, enquanto eu e o Tony queríamos expandir mais a nossa sonoridade. No entanto, analisando as coisas tantos anos depois, acho que o Ozzy provavelmente estava certo porque a nossa expansão musical fez-nos perder a essência dos Black Sabbath.” Editado a 29 de Setembro de 1978, o «Never Say DIe!» manteve como o último álbum dos BLACK SABBATH com Ozzy até à edição de «13», de 2013.