FOO FIGHTERS

FOO FIGHTERS e NINE INCH NAILS trocam de bateristas numa mudança inesperada

A dança das cadeiras que ninguém esperava entre os FOO FIGHTERS e os NINE INCH NAILS.

Num dos episódios mais inesperados do ano no universo do rock, os FOO FIGHTERS e os NINE INCH NAILS trocaram, literalmente, de bateristas. Segundo o The Hollywood Reporter, Ilan Rubin, até agora baterista dos NINE INCH NAILS, deixou a banda liderada por Trent Reznor para aceitar um convite dos FOO FIGHTERS, preenchendo o lugar que, até Maio, pertencia a Josh Freese. Em contrapartida, foi o próprio Freese quem acabou por regressar aos NINE INCH NAILS, quase duas décadas após a sua primeira passagem pelo grupo.

A troca surpreendente começou a ganhar forma nos bastidores nos últimos dias, quando Rubin informou Reznor de que tinha “aceitado um trabalho com outra banda”, apesar de já ter assumido previamente o compromisso de acompanhar os NINE INCH NAILS na digressão de 2025. Pouco depois, fontes próximas da banda revelaram que o destino de Rubin seria, de facto, os FOO FIGHTERS, que estão novamente em processo de redefinição após o falecimento de Taylor Hawkins em 2022 e a saída de Josh Freese na Primavera deste ano.

Apesar de ainda não haver confirmação oficial sobre o estatuto de Rubin — se será membro efectivo ou apenas músico de sessão para digressões —, a sua entrada nos FOO FIGHTERS marca um novo capítulo numa carreira já repleta de colaborações de alto nível. Ilan Rubin, que além de baterista é também multi-instrumentista e compositor, foi até hoje o membro mais jovem a ser incluído no Rock & Roll Hall Of Fame, graças à sua entrada precoce nos NINE INCH NAILS em 2009, precisamente como substituto de Freese.

O regresso de Josh Freese à formação de Trent Reznor foi confirmado na noite de 30 de Julho, com uma publicação nas redes sociais. O baterista recordou o impacto que a sua saída em 2008 teve na sua vida pessoal e profissional: “Sair dos Nine Inch Nails no final de 2008 foi uma das decisões mais difíceis que já tomei. A minha mulher e eu estávamos à espera do nosso terceiro filho, e soube que tinha de abandonar a estrada para estar com a minha família.”

Freese não poupou elogios ao ambiente criativo e à intensidade dos concertos da banda: “Era uma certeza — não só uma sensação — de que cada concerto era incrível. Esse nível de intensidade, orgulho e satisfação é algo que raramente voltei a experienciar.” Agora, com o seu regresso oficial, Freese demonstra entusiasmo renovado:

“Estar novamente em digressão com o Trent e a equipa — a ajudá-los a fazer o que fazem melhor noite após noite — é algo que me deixa extremamente entusiasmado. Fazer parte dessa energia outra vez é incrível.” A mensagem termina com uma promessa aos fãs: “Se tiverem oportunidade de assistir a um destes concertos nas próximas seis semanas, prometo que vão ser absolutamente inesquecíveis.”

Curiosamente, há apenas três semanas, Freese tinha elogiado publicamente o trabalho de Rubin nos NINE INCH NAILS, o que torna a troca ainda mais simbólica e cordial. Também não deixa de ser irónico que, tal como agora volta a acontecer, tenha sido Ilan Rubin quem substituiu Freese em 2008, fechando um ciclo de mais de 15 anos.

Os FOO FIGHTERS, por sua vez, continuam a viver um período de reconfiguração após a morte trágica de Taylor Hawkins. A inclusão temporária de Freese em 2023 serviu de ponte para que a banda pudesse continuar a promover o álbum «But Here We Are», lançado nesse mesmo ano, mas a decisão de “seguir numa direcção diferente com o baterista“, segundo fontes próximas da banda, ditou o afastamento de Freese já em Maio de 2025. A entrada de Rubin poderá significar uma nova abordagem para o grupo liderado por Grohl, cuja carreira tem sido marcada por sucessivas reinvenções desde os anos 90.

Ambas as bandas, FOO FIGHTERS e NINE INCH NAILS, têm presença garantida em palcos internacionais ao longo dos próximos meses, com datas já agendadas para o final de 2025. A troca de bateristas poderá ser posta à prova em tempo real perante milhares de fãs, numa espécie de teste de fogo para avaliar a química destes músicos com as respetivas formações.