Neste momento já se sabe que, em Portugal, as medidas de confinamento mantêm-se por mais quinze dias e só depois da próxima reunião do Infarmed, na segunda semana de Março, se conhecerá o desconfinamento gradual. No entanto, embora ainda não se saiba quando começa esse processo de levantamento das restrições, os agentes ligados a festivais e concertos estão confiantes de que haverá música ao vivo para milhares de pessoas no próximo Verão. A retoma dos espectáculos ao vivo têm vindo a ser discutida por um grupo de trabalho que começou a reunir-se por teleconferência no dia 13 de Janeiro e, segundo informações recolhidas pelo Observador, o plano passa agora por encontrar o melhor modelo para a realização do que agora começa a ser conhecido como “festivais-bolha” livres da Covid-19.
As boas notícias: o modelo defendido há várias semanas pelos empresários do sector provavelmente será ensaiado já em Abril, sob a forma de vários “eventos-piloto” a realizar em Lisboa e no Porto, sendo que, se tudo correr bem, e se o Governo e as autoridades de saúde derem luz verde, os festivais de verão vão mesmo acontecer. Os “eventos-piloto” baseiam-se no que já aconteceu durante o ano passado em Barcelona, com espectáculos realizados em ambiente controlado, onde todos os participantes foram testados à entrada. O comportamento do publico vai depois permitir às autoridades de saúde avaliarem se os recintos são seguros e se, no seu interior, podem ser levantadas as regras de distanciamento físico.
Apesar de ainda não ser certo se os testes aos espectadores serão feitos no local ou se, como nas viagens de avião, só serão aceites testes PCR, quais salas que vão receber os espectáculos, nem quando vão acontecer, estes eventos vão finalmente permitir aos promotores de festivais perceberem que logística e lotação poderão adoptar em espetáculos de grande dimensão, ou seja, os festivais propriamente ditos — entendidos como “festivais-bolha” por serem locais onde só entram pessoas com um resultado negativo no teste à Covid-19, independentemente de terem sido vacinadas. Quase um ano depois de termos sido privados de ver música ao vivo, surge agora finalmente uma luz ao fundo do túnel.