FEAR FACTORY

L!BOOTLEG: FEAR FACTORY, «Replica» @ Paradise Garage, Lisboa | 15.11.2015 [vídeo]

O «Demanufacture faz hoje anos e, neste artigo, recordamos o momento em que os FEAR FACTORY vieram a Portugal celebrá-lo. Quem esteve lá?

15 de Novembro de 2015, os FEAR FACTORY regressavam a Portugal para celebrar duas décadas da edição de «Demanufacture». Num Paradise Garage, escrevia o Nelson Santos na edição de Dezembro da LOUD!, “perto de cheio, celebraram-se vinte anos após a edição de «Demanufacture», obra icónica no metal industrial.

Antes da banda norte-americana, tinham subido ao palco os irlandeses DEAD LABEL – trio de enérgico metalcore que deixou ali boa impressão – e os compatriotas ONCE HUMAN, na altura a nova banda de Logan Mader, “daí que tenhamos tido direito a uma cover da «Davidian», dos MACHINE HEAD“, recordava o Nelson Santos.

Portanto, o público já estava quente e pronto a receber as primeiras atmosferas maquinais de «Demanufacture». Como é sabido, os quatro primeiros temas perfazem uma sequência fortíssima e, após tão boa «Replica» dada pela assistência cantando os refrões quase mais alto que Burton C. Bell, o vocalista anunciou o próximo como – “Lisboa, you’re the «New Breed»!.

Por esta altura, o público já estava totalmente rendido aos clássicos dos anos 90 e aos FEAR FACTORY, mesmo com os desafinanços óbvios de Bell nas partes mais cantadas, estando em forma nos angry vocals. Quase sem interrupções, o álbum que transformou os FEAR FACTORY numa das castas do metal contemporâneo fluiu com apreciada nostalgia, confirmando que há coisas que não mudam.

A postura quase alheada de Dino Cazares, pese embora a precisão quântica com que ataca cada corda. Assim como o poderio rítmico da dupla Campos / Heller, que se revelou uma garantia do peso bruto final. Numa segunda parte do concerto, escutaram-se duas músicas de «Obsolete», três da, na altura, novidade «Genexus» e o fecho com «Martyr» do primeiro disco.

No player ali em cima, podes ver a irrepreensível interpretação da clássica «Replica», captada com um telemóvel na fila da frente. A filmagem e a qualidade de som estão longe de ideais, mas servem para marcar o momento em que uma banda marcante veio a Portugal interpretar um álbum indelével para a história do metal.