FEAR FACTORY

FEAR FACTORY: Celebram 30 anos do clássico «Demanufacture» com digressão europeia no Verão de 2025

Com esta digressão especial, os fãs dos FEAR FACTORY terão uma oportunidade única de reviver na íntegra um dos álbuns mais celebrados da história do metal.

Os FEAR FACTORY anunciaram uma digressão europeia especial para celebrar o 30.º aniversário de um dos seus álbuns mais emblemáticos, «Demanufacture». O disco, lançado em 1995, será apresentado na íntegra em vários festivais e salas de espectáculos ao longo do Verão de 2025. A rota inclui actuações em alguns dos mais importantes eventos de música pesada na Europa, assim como espectáculos em nome próprio em salas de renome.

A tour arranca a 1 de Agosto no festival Wacken Open Air, na Alemanha, e inclui passagens pelo Brutal Assault, na República Checa, o Bloodstock Festival, no Reino Unido, e o Motocultor Festival, em França. Como cabeças de cartaz, no Reino Unido, os FEAR FACTORY vão actuar na Academy 2, em Manchester, e também no SWX, em Bristol, onde serão acompanhados pelo lendário KERRY KING.

Lançado em 1995, o «Demanufacture» tornou-se um marco na história do metal industrial, elevando o género a novos patamares com a sua produção inovadora e som inconfundível. Segundo o guitarrista e tiomneiro Dino Cazares, o álbum não só definiu o estilo dos FEAR FACTORY, como também influenciou toda uma geração de músicos. “Algumas pessoas pensavam que as baterias eram programadas ou que as guitarras eram amostras digitais. O som era tão preciso que parecia irreal. Mas era real, e é isso que ainda cativa os fãs hoje”, afirmou Cazares numa entrevista de 2021.

A formação actual dos FEAR FACTORY inclui Cazares na guitarra, Milo Silvestro na voz, Tony Campos no baixo e Pete Webber na bateria. Silvestro, vocalista italiano, juntou-se ao grupo em 2023, trazendo uma nova energia à banda, que continua a ser uma referência no universo da música pesada.

Numa entrevista recente ao podcast Life Is PeachyDino Cazares, guitarrista e actual timoneiro dos FEAR FACTORYcuja nova formação provou o seu valor por cá em 2023, esclareceu as complexas razões que impedem uma reunião da formação clássica da banda de Los Angeles, especialmente após a saída de Burton C. Bell em 2020. Cazares detalhou também todos os conflitos judiciais que surgiram ao longo dos anos envolvendo o ex-baixista Christian Olde Wolbers e o ex-baterista Raymond Herrera.

Segundo Cazares, ele e Bell foram processados pelos antigos colegas por dívidas monetárias. “Eu acabei por vencer a minha acção contra eles, mas o Burton perdeu a dele, o que o obrigou a pagar um milhão de dólares. Esse desfecho foi uma das razões que o levaram a abandonar a banda,” afirmou o guitarrista e principal compositor dos FEAR FACTORY. A saída de Bell não se limitou ao embate legal, no entanto; o vocalista também revelou publicamente que se sentia “limitado” no seu papel e que, por vezes, apenas continuava na banda por necessidades financeiras.

O guitarrista fez questão de esclarecer que, ao contrário do que muitos parecem pensar, nunca processou Burton C. Bell. “Foram o Raymond e o Christian que nos processaram separadamente, para garantir que, caso vencessem, cada um recebesse a sua parte”, explicou ele, acrescentando que Bell tentou contornar a dívida mediante um pedido de falência, mas foi acusado de fraude por alegadamente mentir no processo judicial, o que levou a que o tribunal invalidasse o pedido e colocasse os bens do vocalista em leilão.

Cazares acabou por adquirir a parte de Bell nos direitos sobre o nome FEAR FACTORY, tornando-se o único detentor da marca. “Quando soube que os activos do Burton estavam à venda, fiz uma licitação e ganhei o leilão“, recordou. O músico detém agora 100% dos direitos sobre a banda, mas nem assim se resolveu o conflito. Apesar de ter tentado trazer Bell de volta, legalmente era impossível restituir-lhe os direitos adquiridos no leilão. Além disso, qualquer rendimento que Bell obtivesse como membro da banda seria usado para pagar a dívida aos antigos colegas, o que o desmotivou a regressar.

Cazares acabou mesmo por comparar a situação a um sistema de “apoio à infância”, em que qualquer rendimento de Bell gerado pela música dos FEAR FACTORY acabaria, inevitavelmente, nas mãos dos advogados de Christian e Raymond. Esta complexa teia de questões legais e financeiras foi, segundo o guitarrista, a razão fundamental que impossibilita uma reunião da formação clássica da banda. É claro que as declarações do músico deixam claro que, para desgosto dos fãs que ainda alimentavam a esperança de uma reunião histórica, os conflitos judiciais e financeiros acabam por sobrepor-se às ambições musicais.

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