Encabeçado pelos lendários DISCHARGE, THE LAST INTERNATIONALE e THORMENTHOR, o FARO ALTERNATIVO promete três dias de concertos, com 17 bandas a actuarem em dois palcos.
O festival FARO ALTERNATIVO está de regresso, com a 14.ª edição do evento algarvio a decorrer já nos dias 3, 4 e 5 de Outubro de 2024 na AMRC, localizada na Rua do Castelo, N.º 4, em Faro. Com cartaz encabeçado pelos britânicos DISCHARGE, pelos norte-americanos THE LAST INTERNATIONALE e pelos nacionais THORMENTHOR, a organização promete fazer desta edição uma das mais ambiciosas de sempre para um festival histórico na zona sul do nosso país.
Confirmados para a 14.ª edição do FARO ALTERNATIVO estão também os espanhóis SYNLAKROSS, os argentinos AVERNAL e os nacionais LAST HOPE, HOLOCAUSTO CANIBAL, SERRABULHO, TAKE BACK!, SUSPEITOS DO COSTUME, AGAINST THEM ALL, ALL KINGDOMS FALL, TVMVLO, MURRO, CAVILHA, ALPHA WARHEAD e SHADOWMARE.
Escrevemos recentemente que, de todos os subgéneros díspares que surgiram da instituição iconoclasta que foi o punk hardcore dos anos 80, pode não haver nenhum mais coeso internamente e reverente aos seus antepassados do que o d-beat. E sim, é um género que muitas vezes pode ser estereotipado, mas também é uma fórmula que, quando executada em toda a sua extensão, acaba por revelar-se sempre revigorante, provocativa e incrivelmente inspiradora.
Os criadores? Chamam-se DISCHARGE e “D-beat” é uma abreviatura de “Discharge-beat”. Veteranos do hardcore britânico citados como uma influência chave por artistas como os METALLICA e ANTHRAX, só para citar dois entre milhares (o Max Cavalera, por exemplo, também se desfaz em elogios), deram os primeiro passos em 1977 e, quando a década terminou, foram a primeira banda a assinar com a recém-formada Clay Records, que lhes editou o primeiro EP, «Realities Of War», logo em Março de 1980.
Entre constantes mudanças de formação, os DISCHARGE, uma das primeiras confirmações para a edição deste ano do FARO ALTERNATIVO,seguiram caminho com mais dois EPs, «Fight Back» e «Decontrol», um 12″, o incontornável «Why» e, em 1981, «Never Again», que alcançou o #64 nas tabelas de vendas do Reino Unido. Em 1982, lançaram finalmente o seu aguardado álbum de estreia, «Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing» e, como se costuma dizer, o resto é história.
Na sexta-feira, dia 4 de Outubro, chega a vez dos THE LAST INTERNATIONALE apresentarem o seu mais recente álbum, apropriadamente intitulado «TLI 3», em Faro. Os nova-iorquinos formada pela vocalista Delila Paz e pelo guitarrista Edgey é especialmente reconhecida pelas suas poderosas actuações ao vivo e já partilharam palcos com artistas como Robert Plant, Neil Young, The Who, Kings Of Leon, Slash, Scott Weiland, Weezer, One Republic, Tom Morello, Lenny Kravitz, Incubus, Royal Blood, The Cult ou Rival Sons, entre muitos outros.
O primeiro álbum da banda, «We Will Reign», foi lançado pela Epic Records em 2014, foi produzido pelo premiado produtor Brendan O’Brien e contou com a participação especial do baterista Brad Wilk (dos Rage Against The Machine), que se juntou à banda e a acompanhou durante o ciclo de promoção desse disco. Seguiu-se «Soul On Fire», em Outubro de 2019, produzido por Tom Morello e com Joey Castillo (ex-Queens Of The Stone Age) na bateria. O primeiro single do álbum, «Hard Times», alcançou o #1 nas tabelas de blues do iTunes no Reino Unido e figurou entre os 20 primeiros em vários países ao redor do mundo.
O dia 5 de Outubro será encabeçado pelos lendas do death metal nacional THORMENTHOR. Formada em Almada, em 1987, a banda foi pioneira da fusão death e black metal em Portugal e ganhou imensa popularidade no underground com as três maquetas que editou até 1989. Em 1991 os músicos viram os seus esforços compensados com a edição do single «Dissolved In Absurd» e, também com participações nas coletâneas «The Birth Of A Tragedy» e «Mortuary Vol.», editaram o álbum de estreia, «Abstract Divinity», em 1994.
Foi aí que solidificam a sua formação “clássica”, Miguel Fonseca na voz e guitarra, Pedro Quaresma na guitarra, João Paulo Dias no baixo e Pedro Campos na bateria. Não muito tempo depois, mantendo a mesma formação, o grupo acabaria por transformar-se em MOFO. Deixando uma marca indelével no mapa do underground dos 90s, que se foi intensificando durante os anos seguintes, os músicos viram o culto à sua volta aumentar e, mais de duas décadas de silêncio depois, reapareceram por fim em cena.
Os bilhetes para a edição de 2023 do FARO ALTERNATIVO estão à venda através da Unkind.pt.
