É já no próximo dia 28 de Março que os norte-americanos EVANESCENCE lançam o muitíssimo aguardado «The Bitter Truth», o novo disco de originais que sucede a «Evanescence», de 2011, e «Synthesis», que foi editado em 2017 e consistia em arranjos orquestrais e electrónicos de alguns dos mais famosos temas da famosa banda norte-americana. Numa sessão de Q&A de quase uma hora, que decorreu no Zoom e reuniu alguns representantes seleccionados da imprensa europeia, e na qual a LOUD! marcou presença, Amy Lee explicou que a banda já estava a trabalhar em música nova há cerca de uma década, sendo que quatro desses temas foram inclusivamente escritos e gravados ainda antes da pandemia da COVID-19 começar a espalhar-se pelo mundo. A ideia inicial da banda – cuja formação actualmente fica completa com Troy McLawhorn e Jen Majura nas guitarras, Tim McCord no baixo e Will Hunt na bateria – era gravar esses quatro temas novos e, depois, andar em digressão pela Europa antes de voltar ao estúdio.
Como se sabe, esses planos iniciais para uma tour europeia acabaram inevitavelmente por ser adiados, mas a provar que a pandemia também pode ser um estímulo à criatividade, os EVANESCENCE viveram um 2020 bastante profícuo. Depois de terem fechado o ciclo de «Synthesis» em 2019, os músicos lançaram uma inspirada versão de «The Chain», tema original dos FLEETWOOD MAC,e materializaram um muito aguardado regresso à escrita de música nova, traduzido na edição de diversos singles, que vão agora culminar na edição do novo registo de longa-duração. Naturalmente, parte da conversa de ontem centrou-se na crise sanitária que continua afectar o mundo e ficámos a saber que, para os EVANESCENCE, “a pandemia até acabou por influenciar a direcção musical do disco“, segundo o guitarrista Troy McLawhorn. “Depois do projecto orquestral, a banda como que quis regressar às raízes. Todos queríamos seguir uma direcção mais orientada para o rock pesado neste novo trabalho“, acrescentou Lee.
Falando um pouco das letras e do conceito que rodeia «The Bitter Truth», a vocalista referiu que “nunca é fácil ir para o lado mais negro do coração para escrever canções. Mas a verdade é que essa viagem acabou por ajudar a sarar algumas feridas“. Um dos temas mais complicados do alinhamento para Lee é, aparentemente, «Far From Heaven», sendo que a própria afirmou “ter hesitado bastante antes de o mostrar aos meus colegas de banda, porque foram palavras complicadas e muito difíceis de escrever.” Ainda durante a conversa, ficámos a saber que Amy Lee e o seu filho, Jack, escreveram uma carta a Sir David Attenborough,porque o petiz é grande fã de ciências e adorou um documentário sobre rãs. A terminar, quando questionada sobre qual seria “a verdade amarga” [«The Bitter Truth»], Amy afirmou que “a vida é curta… e não quero perder mais tempo“.
Duas vezes vencedores de prémios GRAMMY, os EVANESCENCE cedo causaram um grande impacto em todo mundo. O álbum de estreia, «Fallen» editado em 2003, esteve 43 semanas no Top 10 da Billboard e vendeu mais de 17 milhões de cópias, transformando rapidamente a banda num dos nomes pós-alternativos mais populares dos 2000 com o seu som único, um híbrido singular de rock gótico e pop. Ao longo dos anos, «Fallen» foi sete vezes platina e é um de apenas oito álbuns em toda a história da Billboard a ficar pelo menos um ano no Top 50. Apesar do sucesso precoce, a banda conseguiu manter-se sempre no topo. Tendo ao leme desde o primeiro momento a cantora e pianista Amy Lee, os músicos atingiram os píncaros do sucesso, cimentado por mais dois discos líderes nas tabelas de vendas, «The Open Door» e «Evanescence», de 2006 e 2011, respectivamente.
Recorde-se que os EVANESCENCE têm um muito aguardado regresso a Portugal marcado para este ano, estando ainda confirmado um espectáculo, a decorrer na Altice Arena, em Lisboa, no dia 9 de Outubro. Os bilhetes para o evento custam entre 40€ e 70€ e há opções com duas experiências especiais, com comodidades que vão desde o acesso ao soundcheck dos ao convívio com elementos da banda. Toda a informação sobre os pacotes está disponível aqui.