No passado mês de Julho, soube-se que alguns cientistas alemães estavam a preparar um concerto experimental com 4.200 pessoas para tentarem perceber o risco de transmissão da Covid-19 numa situação do género — e a notícia, foi claro, recebida por agrado por todos os que anseiam voltar a ver concertos. Para levarem a cabo o seu estudo, os profissionais do Centro Médico Universitário Halle (Saale) recrutaram voluntários saudáveis entre os 18 e 50 anos de idade (que acabaram por ser apenas 1.500) e o ensaio, que se prolongou durante dez horas, teve lugar em Leipzig, Alemanha, a 22 de Agosto, na Arena Leipzig, com capacidade para 12.200 pessoas.
Foram então feitas três simulações de concerto distintas — primeiro, munidos de máscaras FFP2 e álcool gel, os participantes fizeram um teste sem qualquer distanciamento físico, depois com distanciamento físico e, por último, desfrutaram do espectáculo em lugares sentados. Agora, segundo a Arte Sonora, os organizadores revelaram as suas conclusões e as notícias são animadoras, uma vez que os investigadores determinaram que os concertos em espaços fechados são seguros, desde que haja máscaras e ventilação adequada.
Através de um comunicado, em que explicam que se concentraram principalmente na ventilação (utilizando até uma máquina de fumo para obter uma referência visual) e no contacto entre os participantes, este grupo de cientistas diz que o fluxo de ar adequado é um factor crucial e determinaram que este “pode reduzir significativamente o risco de infecção“. Descobriram também que a maioria das interacções pessoa-a-pessoa e potenciais transmissões da doença ocorreram em torno da entrada e durante os intervalos entre concertos, recomendado que as áreas “devem ser o foco do planeamento” para os promotores e salas. Portanto, em conjunto com outras medidas preventivas, estas precauções podem contribuir em muito para a segurança dos concertos em tempo de pandemia.