Estudo científico confirma que os músicos são as pessoas mais sexy

Cientistas austríacos fizeram uma descoberta que confirma algo que muito anedotário sobre a música e até a opinião que muitos músicos e pseudo músicos têm de si próprios sempre intuiu: ser músico torna-o realmente mais atraente para os membros do sexo oposto. O estudo, publicado pela Frontiers in Psychology, teve como objectivo explorar as origens evolutivas da musicalidade. Os investigadores esperavam testar a validade da teoria da selecção sexual de Charles Darwin, que propõe que certos traços – como a musicalidade – sejam transmitidos à geração seguinte, porque nos ajudam a atrair companheiros e não porque nos ajudam a sobreviver directamente. “Notas musicais e ritmo“, escreveu Darwin em ‘A Origem do Homem’“foram primeiro adquiridos pelos progenitores masculinos e femininos da humanidade, para encantar o sexo oposto“. Darwin defendia que a música actuava como uma exibição de galanteio na nossa procura por um parceiro reprodutivo e podia sinalizar aptidão biológica e bons genes ao mostrar capacidades motoras avançadas e capacidade cognitiva a potenciais parceiros. O estudo na área da psicologia, intitulado ‘Darwin’s sexual selection hypothesis revisited: Musicality increases sexual attraction in both sexes’, parece confirmar as suspeitas de Darwin de que a musicalidade torna o ser humano mais atractivo.

Os investigadores conduziram a experiência entre um grupo de estudantes de psicologia, 23 masculinos e 35 femininos, todos heterossexuais. Foram mostradas aos participantes numerosas imagens que retratavam os rostos de membros do sexo oposto e tocavam gravações de música de piano a solo ao mesmo tempo. Foi-lhes dito que a música que estavam a ouvir tinha sido tocada pela pessoa cujo rosto estavam a ver. Depois foi-lhes pedido que classificassem os rostos sobre o quão atraentes sexualmente eram, a probabilidade de saírem num encontro, de terem um one-night stand ou de iniciarem uma relação a longo prazo com a pessoa em questão. Os resultados deste teste foram depois comparados com um grupo de controlo, que viu e classificou as caras sem qualquer sugestão de que as pessoas retratadas eram músicos. Os investigadores descobriram que tanto os homens como as mulheres classificaram os rostos no primeiro grupo musical como mais desejáveis para encontros a longo prazo, mas apenas as participantes do sexo feminino classificaram os rostos ‘musicais’ como mais atraentes sexualmente do que o grupo de controlo. Os investigadores concluíram que “a musicalidade […] pode influenciar a percepção da atractividade de caras de sexo oposto e o desejo de namorar, principalmente entre as mulheres. Os homens parecem ser menos influenciados pela música quando classificam as caras femininas. “A música faz parte de toda a cultura humana“, continua a equipa que fez o estudo. “Como psicólogos musicais, tentamos compreender melhor como a música afecta os nossos sentimentos e pensamentos, bem como o nosso comportamento. O nosso campo de investigação continua a crescer em todo o mundo“.

[via ROMA INVERSA]