Para os promotores, a principal alteração anunciada depois do último Conselho de Ministros, passa pelo aumento, da capacidade possível para as casas de espectáculo a partir de hoje, segunda-feira, 23 de Agosto. Agora, é possível chegar aos 75% de lotação, no que toca a concertos e outros eventos similares. No caso dos eventos culturais em espaço aberto, com mais de 1000 pessoas, ou em ambiente fechado, com mais de 500 pessoas, continua a ser necessária a apresentação do certificado digital COVID ou teste negativo à entrada. O horário limite para este tipo de eventos, continua a ser às 02:00. De certa forma, estas regras já quase satisfazem em pleno os promotores, mas o teste pode revelar-se oneroso para quem se dispuser a assistir a um espectáculo. e, além disso, falta fazer muito mais. A Associação de Promotores de Espetáculos, APEFE, por exemplo, defende o final da obrigatoriedade de lugares sentados, não se satisfazendo com o limite de 75%. “Quando o Governo determina 75% da lotação é 75% da lotação, independentemente da tipologia, se é plateia em pé ou plateia sentada”, afirmou à Lusa o promotor Álvaro Covões, da direcção da APEFE. “As salas têm uma lotação legal, licenciada, com plateia em pé e com plateia sentada”,

Resultado, segundo o próprio, a obrigatoriedade dos lugares sentados não faz sentido. Recorde-se que os grandes eventos de Verão, sejam eles festivais, ou festas populares, se realizam quase sempre com lugares de pé, não só pela facilidade de logística, mas também para permitir a circulação de pessoas. No caso dos grandes festivais, a obrigatoriedade de lugares sentados, limita as possibilidades de contratação de artistas. De qualquer forma, com Agosto perto do fim, não resta muito tempo para grandes eventos ao ar livre no ano de 2021. A nível internacional, nestes últimos dias verificou-se um recuo entre bandas norte-americanas que pretendiam entrar em digressão, enre elas os LIMP BIZKIT, NIN e DEFTONES. Também alguns eventos estão a registar problemas após a realização, em particular o BLOODSTOCK que, por estes dias, já se viu obrigado a lançar um alerta ao público presente, face ao grande número de infectados que estavam a ser detectados, apesar de todas as medidas tomadas.