IHSAHN, o aplaudido frontman dos EMPEROR, revelou que estaria aberto à ideia de escrever e gravar um novo álbum com os seus companheiros de banda sob as circunstâncias certas. O último álbum de estúdio dos noruegueses, com o título «Prometheus – The Discipline Of Fire & Demise», foi lançado em 2001 e inteiramente escrito por Ihsahn, sendo muitas vezes visto mais como o seu primeiro disco a solo do que como um álbum da banda, que se separou uns meses depois. O multi-instrumentista embarcou numa muito bem sucedida carreira solo e o guitarrista Samoth formou uma série de projectos, com os ZYKLON e os SCUM a recolherem aplausos. Nos anos seguintes, os EMPEROR regressaram à actividade ao vivo, mas sempre resistiram à tentação de lançar novo material, algo a que Ihsahn diz agora não se opor completamente. “Se ganhasse um cêntimo a cada vez que alguém perguntou isso…”, começou por dizer o músico ao ser questionado sobre a possibilidade de um novo LP. “Essa é, claro, uma pergunta que tem surgido muito. E eu acho que é fácil de responder, mas também é difícil ao mesmo tempo. Para começar porque, durante os últimos 20 anos, eu sempre disse que não o faríamos. Porque não via sentido em fazermos isso. Mas a pergunta surge sempre. É algo com o qual eu e o Samoth temos de nos relacionar, e às vezes falamos nisso naturalmente. Do meu ponto de vista, e é claro que só posso falar por mim, é muito difícil perceber por onde iríamos continuar. O legado dos EMPEROR é nunca nos termos comprometido. Acho que foi isso que atraiu as pessoas que se interessaram por esse tipo de música, que não foi feita de uma certa maneira para as pessoas gostarem. Foi feita totalmente sem concessões, as pessoas perceberam isso e, provavelmente, foi por causa dessa honestidade que criaram laços tão fortes com os nossos discos.“
“Se fossemos fazer outro álbum dos EMPEROR, devíamos fazer algo que soasse como o material antigo?“, continuou o músico, aparentemente cheio de dúvidas. “Seria fácil fazer algo assim, mas não seria realmente verdadeiro. Por outro lado, devíamos continuar onde parámos com o «Prometheus», comigo a fazer coisas mais e mais experimentais? Não tenho a certeza se isso seria o que os nossos fãs gostariam de ouvir. Pr fim, qual seria a motivação não exclusivamente comercial? Acho que, para isso acontecer, teríamos de chegar a um ponto onde as nossas ideias se alinhassem e tudo parecesse certo, da mesma forma que nos juntámos para fazer concertos porque sentimos que era certo a fazê-los. Em relação a isso, estamos todos em sintonia. Portanto, antes teria dito imediatamente que não, mas se as circunstâncias permitissem que nos ligássemos criativamente e que pudéssemos criar algo com o mesmo tipo de valores puros, diria que estou aberto a fazê-lo”. Os EMPEROR vão embarcar na sua primeira digressão nos Estados Unidos em mais de 15 anos neste Verão, a jornada começa a 23 de Junho em Chicago, no Illinois, e termina a 1 de Julho em Anaheim, na Califórnia.