DUFF MCKAGAN

DUFF MCKAGAN: “Sem a cena punk, não teriam existido os GUNS N’ ROSES ou os METALLICA” [vídeo]

“Não teria existido nada disso sem a primeira vaga punk”, afiança DUFF MCKAGAN.

A Stage Right Secrets realizou uma curta entrevista com Duff McKagan, baixista dos GUNS N’ ROSES, na passadeira vermelha da estreia de “Pistol”, produção Vanity Fair e FX, no The Metrograph, na cidade de Nova Iorque. A série limitada de seis episódios sobre Steve Jones, icónico guitarrista dos SEX PISTOLS, chegou exclusivamente à Hulu nos Estados Unidos e na Disney+ no Reino Unido, Irlanda, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Singapura.

Baseado nas memórias de Jones, de 2018, “Lonely Boy: Tales From A Sex Pistol”, a série de Danny Boyle, que também serve como produtor e director executivo, foi criada por Craig Pearce e escrita por Pearce e Frank Cottrell Boyce.

As raízes punk do baixista dos GUNS N’ ROSES são bem conhecidas e, sobre a influência dos SEX PISTOLS, no seu desenvolvimento musical, Duff McKagan contou: “Não aprendi a tocar as malhas dele, como a «Bodies» ou qualquer outra. Mais tarde, aprendi as canções. Mas mais pela forma como o Jonesy ataca a guitarra. Peguei numa guitarra e comecei a aprender isso tudo.

Por essa altura já descobrira Johnny Thunders, que era também de onde ele sacava as cenas. Era como se fosse uma escola de música. E depois o Paul Cook é como que o início das baterias do rock and roll moderno; tudo isto remonta ao Paul. Sou um baixista, sou um tipo de secção de ritmo, por isso Paul era o motor que definiu o rock and roll, a partir de 77. Aprender as canções não era a cena realmente importante; mas apenas ouvir e absorver tudo para e depois formar a tua própria banda e tocar“.

“Acompanhei o crescimento da cena punk. Era uma época em que tudo girava em torno de indivíduos e individualidade e se fosses uma aberração ou o que quer que seja, um tipo estranho, havia uma pequena cena para ti”, continuou Duff McKagan.

“Havia um pequeno concerto algures ao fundo de uma rua qualquer ou na baixa a que se podia ir e não existia restrição de idades. Depois, algumas bandas internacionais começaram a chegar – os Clash vieram em 79 e havia uma centena de pessoas para os ver. Os 999 vieram; The Jam vieram, The Specials e os The Police. E depois começaram as bandas americanas… Claro, os Ramones – todos viram os Ramones. Na verdade, não se pode falar dos Sex Pistols sem referir os Ramones. São os dois primeiros; é a génese de tudo isto”.

A terminar, o músico afirma categoricamente que “a cena punk da altura e o que os Pistols ajudaram a gerar foi uma coisa verdadeiramente especial. Não existiria Guns N’ Roses, não existiria Metallica, Nine Inch Nails, Nirvana… A lista continua. Foo Fighters… Não teria existido nada disso sem a primeira vaga punk”.

DUFF MCKAGAN lançou o seu terceiro álbum a solo, intitulado «Lighthouse», na passada sexta-feira, dia 20 de Outubro, um trabalho folk-punk com arranjos mais simples, que conta com participações especiais de Slash, o seu companheiro de banda nos GUNS N’ ROSES, do ícone IGGY POP e também do líder dos ALICE IN CHAINSJerry Cantrell.

Alguns dos resultados das minhas aventuras musicais estão agora disponíveis para um público maior com o lançamento do Lighthouse“, comenta Duff McKagan sobre o álbum. “Nos últimos quinze anos, tenho-me aprofundado numa área de composição que remete aos meus dias de punk, com a simplicidade dos acordes e tentando contar verdades nas letras. Como o nome do meu programa de rádio com Susan, deixo-me guiar por três acordes e a verdade quando me sento com uma guitarra“.

Do início com o tema-título, uma espécie de iluminação da bondade e da esperança, até ao tema final, «I Just Don’t Know», onde há uma reflexão sobre o que está por vir, o processo de pensamento das músicas que preenchem o restante do álbum foi o de criar a curva de uma história. Leio bons livros, e como num bom romance, tentei criar alguns momentos de ascensão e queda, pelo menos nas letras“, continua ele.

Adoro o meu novo estúdio em Seattle e percebo que sou um tipo sortudo por ter o meu próprio lugar para criar constantemente. Sou ainda mais sortudo por ter o Martin Feveyear como o meu guia e mentor. Foi ele que produziu o álbum comigo. Tivemos aquele período da pandemia, em que era apenas Martin e eu no estúdio por meses a fio. As dez músicas do «Lighthouse» são apenas o começo do que finalizamos nesse período. Vai haver mais em breve… mas, por enquanto, esperamos que gostem deste disco.