Após a celebração dos 40 anos e o regresso triunfal de Mike Portnoy, os DREAM THEATER decidiram fazer um interregno antes de se fazerem novamente à estrada no Velho Continente.
Os DREAM THEATER anunciaram que, ao contrário do que tinha sido anunciado anteriormente, não vão concretizar a esperada digressão europeia em 2026 para promover o álbum «Parasomnia», lançado em Fevereiro deste ano pela InsideOut Music. A notícia surpreendeu os fãs do grupo, que contavam com o regresso da formação clássica — agora novamente com Mike Portnoy na bateria — aos palcos europeus já no próximo ano.
Em comunicado publicado nas redes sociais, o grupo explica: “ATENÇÃO, fãs europeus e britânicos dos DREAM THEATER: sabemos que prometemos regressar em 2026 com o nosso espectáculo completo de promoção ao «Parasomnia», mas, infelizmente, às vezes os planos mudam… Depois de muita discussão, e após duas passagens pela Europa na digressão dos 40 anos, em 2024 e 2025 (além das tours em 2022 e 2023), tomámos a difícil decisão de não regressar à Europa ou ao Reino Unido em 2026.”
O texto acrescenta ainda que os DREAM THEATER se encontram “nas últimas três semanas da tour norte-americana do «Parasomnia» e «A Change Of Seasons»”, convidando os fãs mais dedicados a atravessarem o Atlântico para assistirem aos espectáculos nos Estados Unidos: “É realmente um concerto incrível! E, se não o conseguimos levar até vocês, quisemos pelo menos avisar com antecedência, para que possam ter a opção de vir até nós.” Por fim, o grupo deixou em aberto o regresso ao Velho Continente para o próximo ciclo de digressões: “Esperamos voltar à Europa e ao Reino Unido quando iniciarmos a próxima fase de digressões, em 2027 ou 2028.”
Note-se que esta decisão marca uma pausa na relação particularmente assídua dos DREAM THEATER com o público europeu. Desde o regresso de Portnoy em 2023, a banda tem mantido uma presença quase anual no continente, com destaque para a digressão de 2024 e 2025, que assinalou o 40.º aniversário do grupo. Essa rota incluiu concertos em cidades como Paris, Londres, Madrid e Lisboa, onde assinaram mais uma actuação irrepreensível, culminando num ciclo de celebrações que revisitou várias fases da carreira dos norte-americanos.
Actualmente, a banda encontra-se na recta final da digressão norte-americana An Evening With Dream Theater, que combina a interpretação integral de «Parasomnia» com a execução completa da suite «A Change Of Seasons», algo inédito desde o regresso de Portnoy. O espectáculo inclui ainda outros temas emblemáticos do catálogo dos DREAM THEATER, celebrando a longa história partilhada entre John Petrucci, James LaBrie, John Myung, Jordan Rudess e o baterista recentemente reintegrado.
«Parasomnia» marcou o primeiro álbum de estúdio com Mike Portnoy desde «Black Clouds & Silver Linings», de 2009, encerrando um hiato de 16 anos desde a sua última gravação com a banda. O disco foi produzido por John Petrucci, com engenharia de som de James “Jimmy T” Meslin e mistura a cargo de Andy Sneap, reforçando o ADN técnico e emocional que consolidou os DREAM THEATER como um dos pilares do metal progressivo moderno.
O álbum conta com oito faixas e uma duração total de 71 minutos, mantendo a tradição de longos temas e estruturas complexas. Seis das músicas ultrapassam os sete minutos, e o tema final, «The Shadow Man Incident», estende-se por quase vinte. A capa, novamente concebida por Hugh Syme, continua o diálogo visual entre o onírico e o simbólico que acompanha a discografia da banda.
Formados em 1985, quando Portnoy, Petrucci e Myung se conheceram no Berklee College Of Music sob o nome MAJESTY, os DREAM THEATER tornaram-se um dos nomes mais influentes do metal progressivo. A entrada de James LaBrie em 1991 e de Jordan Rudess em 1999 completou a formação que assinaria alguns dos álbuns mais aclamados do género, como «Images And Words», «Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory» e «Six Degrees Of Inner Turbulence».















