DOWNLOAD

DOWNLOAD 2024: SCOWL, SPEED, ZULU e PEST CONTROL, entre outros, recusam-se a tocar no festival britânico

São várias as bandas que “saltaram” do cartaz do DOWNLOAD 2024 devido à parceria do festival com o Barclays Bank – acusado de “investir em fabricantes que fornecem armas usadas por Israel em Gaza”.

Durante esta semana, várias bandas desistiram de actuar na edição de 2024 do Download Festival como parte da campanha Bands Boycott Barclays. Os primeiros a abandonarem o cartaz foram os thrashers de Leeds PEST CONTROL, que, ontem, 10 de Junho, usaram a sua conta no Instagram para detalharem o seu boicote ao evento, alegando que o Barclays Bank, “parceiro e patrocinador” do Download, “supervisiona biliões de dólares em investimentos e empréstimos para empresas cujas armas e tecnologia são utilizadas no ataque de Israel contra o povo palestino.

Não participaremos num evento cujo patrocinador lucra ao facilitar um genocídio“, acrescentou o grupo. “Pedimos desculpa a todos os que estavam ansiosos para nos ver em palco. Isto era algo de que estávamos à espera há muito tempo e foi um grande marco para nós sermos confirmados. No entanto, não podemos sacrificar os princípios defendidos pela banda e pela cena de onde viemos e que representamos apenas para ganho pessoal.

Poucas horas depois, várias foram as estrelas emergentes da cena hardcore que acabaram por seguir o exemplo dos PEST CONTROL, com os SCOWL, SPEED, ZULU e ITHAKA a cancelarem também as suas participações no evento. “Não jogaremos vamos tocar no Download deste ano devido ao patrocínio do evento pelo Barclays Bank e à ligação do Barclays com Israel e o genocídio que Israel está a cometer na Palestina. Palestina livre!”, escreveram os californianos SCOWL nas suas redes sociais.

Os NEGATIVE FRAME e os OVERPOWER, que estavam escalonados para tocar no The Courtyard Stage, hoje, quarta-feira, 12 de Junho, e amanhã, quinta-feira, 13 de junho, também desistiram do Download Festival pelos mesmos motivos.

Na secção FAQ do site do Barclays, pode ler-se: “Perguntaram-nos por que investimos em nove empresas de defesa que fornecem Israel, mas isso é uma interpretação errada do que fazemos. Negociamos acções de empresas cotadas em resposta a instruções ou exigências de clientes e isso pode resultar na nossa detenção de acções. No entanto, não estamos a fazer investimentos para o Barclays e, nesse sentido, o Barclays não é um ‘accionista’ ou ‘investidor’ relativamente a estas empresas.

Uma dessas alegações implica que investimos na Elbit, fabricante de defesa israelita que também fornece equipamento e formação às forças armadas do Reino Unido. Pelas razões mencionadas, não é verdade que tenhamos tomado a decisão de investir na Elbit. Podemos deter acções em relação a transações conduzidas por clientes, razão pela qual aparecemos no registo de acções, mas não somos investidores.

Podes ver a resposta completa do Barclays Bank aqui, e ler mais sobre o boicote ao banco neste link. No momento em que este artigo foi escrito, ainda não tinha havido qualquer resposta pública por parte do Download Festival relativamente a esta situação.