Em declarações exclusivas à LOUD!, Chino Moreno e Abe Cunningham recordam o crucial sétimo álbum dos DEFTONES.
Ao longo das últimas duas décadas, os DEFTONES transformaram-se num dos nomes maiores da música de peso, construindo uma carreira sólida e intocável, sobretudo quando comparada com a maioria dos seus contemporâneos. Aproveitando a última paragem da banda californiana em Portugal, para um concerto incluído no SBSR, sentámo-nos com o vocalista Chino Moreno e com o baterista Abe Cunningham num camarim nas entranhas da gigantesca Altice Arena Arena e analisámos o output discográfico do quinteto até ao momento. Hoje recuperamos o que nos disseram acerca do álbum «Koi No Yokan», de 2012, que comemora já onze anos de existência.
“O «Diamong Eyes» foi uma espécie de renascimento para os Deftones“, começou por recordar-nos Chino Moreno. “Tínnhamos passado por um mau bocado… Fizemos outro disco, o «Eros», entre o «Saturday Night Wrist» e o «Diamond Eyes», mas ainda não estava terminado quando o Chi teve o acidente e, por isso, não o quisemos terminar sem ele. De repente, tivemos aquele choque e foi uma experiência horrível, mas uniu-nos e o «Diamond Eyes» foi um reflexo disso.”
“Depois de uma época em que estávamos muito fragmentados, começámos finalmente a sentir-nos mais unidos”, acrescentou o baterista Abe Cuningham. “Na verdade, o «Koi No Yokan» e o «Diamond Eyes» até podiam ser só um disco. Ambos têm uma vibração muito semelhante e acho que, nessa fase, conseguimos estar outra vez muito focados… Como já não estávamos há muito, muito tempo.“
“No momento em que decidimos voltar, com o Sergio [NR: Vega, ex-baixista], dissemos uns aos outros que queríamos começar da estaca zero“, explica o cantor dos DEFTONES. “Pusemos as nossas diferenças todas de parte e começámos a trabalhar. Voltámos, por fim, a funcionar como uma banda. A experiência toda, a dor e o impacto que teve em todos nós, está bem espelhada nos temas que gravámos na altura.”
“Além disso, as coisas tinham corrido tão bem com o «Diamond Eyes» que, quando chegou a altura de fazer o «Koi No Yokan», decidimos nem sequer mudar nada no esquema de trabalho“, conclui Chino Moreno. “E isso foi crucial. Voltámos a trabalhar com o mesmo produtor, escrevemos os temas da mesma forma – todos juntos, na sala de ensaios – e, no final, fizemos uma continuação do que tínhamos feito antes.“