Corria o ano de 2017 quando, depois de um concerto em Spokane, Washington, nos Estados Unidos, os DECAPITATED foram colectivamente acusados de violação e rapto por uma mulher. Em Janeiro de 2018, todas as acusações contra os quatro músicos polacos foram subitamente retiradas pelos procuradores públicos, que apresentaram uma moção a rejeitar o processo citando como único motivo do arquivamento o “bem-estar da vítima“. Numa nova entrevista com o podcast australiano Scars And Guitars, o guitarrista Waclaw “Vogg” Kieltyka, que actualmente acumula funções nos MACHINE HEAD, reflectiu sobre o sucedido. Olhando para trás, o músico diz que todo o processo foi muito doloroso e traumático. “Quando nunca estiveste neste tipo de situação, é difícil imaginar como foi, ou como são efectivamente as coisas na realidade. Sobretudo quando, de repente, te vês metido numa coisa tão assustadora, porque foi uma coisa realmente assustadora“, diz “Vogg”. “A pior coisa é estares a enfrentar este tipo de acusações que vão destruir toda a tua carreira e vida pessoal. Isso é um lado da questão. O outro lado é que estás a enfrentar a possível perda da tua liberdade se algo correr mal. […] Foi muito doloroso e traumático. No entanto, importa referir que agora nos sentimos muito melhor do que naquela altura. Isso aconteceu há alguns anos, e temos trabalhado arduamente para superar essa situação de todas as formas possíveis. Neste momento, temos um novo álbum. Temos estabilidade nas nossas famílias. E começamos realmente a esquecer essa experiência… É óbvio que tirámos daí uma lição. Estamos a tentar avançar sem erros, tomar apenas boas decisões na vida, e parece que tudo está a ir na direcção certa“. Podes ouvir a enrevista na íntegra no player em cima. «Cancer Culture», o mais recente álbum dos DECAPITATED, foi editado a 27 de Maio último pela Nuclear Blast. O disco conta com uma série de convidados, entre eles elementos dos ucranianos JINJER, no tema «Hello Death», e dos MACHINE HEAD, em «Iconoloclast».