Os brasileiros DEAD FISH vão actuar pela primeira vez em Portugal nos próximos dias 18 e 20 de Agosto, no Musicbox e no Hard Club, em LIsboa e no Porto, respectivamente. Os espectáculos fazem parte de uma longa digressão Europa, que inclui concertos na Irlanda, Inglaterra, Alemanha e Portugal, país em que o grupo fará a sua primeira apresentação em mais de três décadas de existência. Criados em 1991 em Vitória, no estado do Espírito Santo, os DEAD FISH contam já com nove álbuns de estúdio, sempre com um cunho político à esquerda. Entre os principais temas abordados nas suas letras estão a saúde e a educação, além de denúncias em combate à desigualdade, ao preconceito e à violência. Nessas mais de três décadas de estrada, repletas de actuações em nome próprio e em festivais pelo Brasil, também já passaram por países como Argentina, Chile e Alemanha. O disco «Ponto Cego» (o mais recente de estúdio) trata do golpe orquestrado para tirar a presidente Dilma Rousseff do governo, que culminou no crescimento da extrema-direita e na ascensão de Bolsonaro no país. Em 2022, foi dado o início à tão esperada digressão em comemoração dos trinta anos de história do grupo. Intitulada ‘30+1’, propiciou 80 concertos em todas as regiões do Brasil ao longo de todo o ano.

Nos anos 90 houve uma oportunidade de os Dead Fish passarem por Portugal, mas “a banda estava ultra ‘engasgada’, tendo um selo e organizando várias coisas no Brasil“, disse o vocalista Rodrigo Lima. “Vi isso como uma oportunidade perdida depois dos X-acto terem vindo ao Brasil. Na época, ficámos com alguns contactos. Porém, não conseguimos firmar um acordo legal para irmos. Acho um baita desperdício não termos já uma história com Portugal», enfatizou. Ao citar nomes de bandas portuguesas que acompanha, como Besta, New Winds e Decreto 77, Rodrigo afirma que agora o objetivo é recuperar parte desse tempo perdido. “Estamos ansiosos para nos vermos, falando a mesma língua, com histórias, estruturas de vida e cenas distintas que venham a agregar”. Sobre o atual cenário político, o vocalista afirma que o quarteto tem notado um crescimento do neofascismo em toda a Europa e que os DEAD FISH “vêm para somar na luta contra essa peste”. Quem quiser garantir um lugar nessa passagem histórica e imperdível em solo lusitano, os bilhetes já se encontram à venda tanto em Lisboa (18 de Agosto, pelas 21h30, no MusicBox) quanto no Porto (20 de Agosto, pelas 21:00, no Hard Club).

[via ROMA INVERSA]