Dave Mustaine, o vocalista, guitarrista e mentor dos MEGADETH, fez um discurso exacerbadamente anti-máscaras durante um concerto da sua banda no passado dia 15 de Setembro, em Camden, Nova Jérsia, com o músico a apelidar a obrigatoriedade do uso de máscaras como “tirania“. A tocar num estado onde já morreram mais de 27.000 pessoas de COVID-19, o músico dirigiu-se à multidão antes da última música do concerto e condenou expressamente o uso das máscaras que, desde o início da pandemia, se têm mostrado eficazes para retardar a propagação do vírus. “Só quero dizer como isto é óptimo“, começou por dizer Mustaine, referindo-se ao facto de estar novamente em palco, a tocar para os seus fãs. “Olhem ao vosso redor, rapazes. Olhem para a vossa direita, olhem para a vossa esquerda e vejam como isto é maravilhoso. Estamos aqui todos juntos. Não estamos a enlouquecer, e não estamos a gritar com as pessoas para usarem as suas máscaras de merda. Ouçam, isto tudo começa com o tipo de sensação que construímos agora. Sentimo-nos juntos, sentimos que há força nos números. Sentimo-nos invencíveis. As pessoas não vão ser capazes de nos fazer parar.”
Além estar completamente errado do ponto de vista científico — porque, sem vacinas ou máscaras, um espectáculo dos MEGADETH nos tempos que correm poderia bem transformar-se numa catástrofe –, Mustaine foi mais longe e tratou de injectar alguns sentimentos políticos no seu discurso. “De momento, o que está a acontecer é a tirania”, disse ele, como podes comprovar no vídeo disponível em cima. “Isto chama-se tirania. Procurem o significado da palavra quando chegarem a casa. E a tirania não está apenas no governo. A tirania agora está nas escolas e no ramo médico. No entanto, nós temos o poder… Especialmente nós, os fãs de heavy metal, temos o poder de mudar as coisas”. Felizmente, Mustaine não fala por todos os fãs de heavy metal e as suas declarações são especialmente bizarras, sobretudo tendo em conta que o músico se recuperou recentemente de um cancro na garganta e vários estudos mostram que os sobreviventes de cancro, assim como os pacientes, estão “sob risco” de complicações sérias devido à COVID-19.