Só escolhas de valor inquestionável, cortesia do Sr. LOMBARDO.
DAVE LOMBARDO é reconhecido como, no mínimo, um dos cinco melhores bateristas de heavy metal de todos os tempos, mas o ex-SLAYER e SUICIDAL TENDENCIES, hoje ainda a acumular funções nos DEAD CROSS, MISFITS e MR. BUNGLE, nunca escondeu que, no seu âmago, sempre foi um roqueiro punk inveterado. Aliás, isso não pode ser uma surpresa para ninguém que tenha estado minimamente atento à forma com toca ou às bandas com que colaborou ao longo dos anos, com quase todas a manterem uma estética ou ligações ao punk.
No período que antecedeu o lançamento dsegundo LP dos DEAD CROSS – o apropriadamente intitulado «II», que vai foi editado a 28 de Outubro no ano passado –, a Metal Hammer perguntou ao baterista quais são, para si, os cinco melhores álbuns de punk rock de todos os tempos.
“Oh, uau! Essa é fácil”, exclamou LOMBARDO. “O «Out Of Step» dos Minor Threat, o «Group Sex» dos Circle Jerks, o «In God We Trust» dos Dead Kennedys. E… O «Leather, Bristles, Studs And Acne» dos GBH e mais um… Que é o «Dealing With It», dos DRI. Daqueles com o que cresci esses são aqueles de que me lembro assim de repente. Claro que há outros, mas esses destacam-se“.
No entanto, não demorou muito tempo até que DAVE LOMBARDO se recordasse de outro título que, segundo ele, também é incontornável dentro do género. “Caramba, esqueci-me dos The Exploited”, acrescentou. “Eles eram fantásticos, e ainda são. Fizemos recentemente uma versão da «Fuck The USA» com os Mr. Bungle, portanto gostava de acrescentar os The Exploited a essa lista”.
Numa entrevista mais recente, desta vez à REVOLVER, LOMBARDO, o antigo baterista dos SLAYER foi questionado acerca da tour final da banda, em 2018 e 2019, e se gostava de ter feito parte da mesma. A resposta foi imediata: “Não, de maneira nenhuma. Já estava a fazer tanta coisa… Já sabia há anos que o Tom se queria reformar, portanto não foi surpresa nenhuma. Durante os últimos anos – e eu saí em 2013, portanto por volta de 2009 ou 2010 – eu e o Kerry andávamos a pensar em montar outra banda.
Acho que foi no Hellfest, que o Kerry e eu dissemos ‘hey, vamos ver os Exodus’. Fomos a um dos outros palcos e vimos o Gary Holt a tocar. Eu disse ‘meu, aquele gajo é incrível’. E o Kerry respondeu, tipo, ‘sim, é quem nós precisamos de recrutar para este projecto novo.’ E repito, nessa altura já sabíamos que o Tom queria parar. Ele estava cansado. E depois aconteceu aquilo tudo com o Jeff Hanneman, e a primeira pessoa que nos ocorreu foi o Gary Holt.“
Na entrevista ainda se insiste na questão, e à pergunta se aceitaria tocar com os SLAYER se a banda alguma vez regressar, LOMBARDO responde: “Nem sequer vou por aí. Não vejo isso alguma vez a acontecer. Mas se eles decidirem isso em alguma altura, vão irritar muitos fãs, porque, meu, eles fizeram um grande hype à volta daquela digressão de despedida. Vão ter que ter muito cuidado com a forma como gerem isso. Mas quem é que se interessa com isso? Os fãs vão ficar felizes na mesma. Portanto, nem sequer penso nisso.“
Recorde-se que DAVE LOMBARDO continua envolvido em inúmeros projectos, incluindo a sua carreira a solo, ao ponto de ter tido que deixar os Testament recentemente.