Os suecos CULT OF LUNA estão actualmente em estúdio a gravar aquele que será o seu novo álbum, o primeiro desde a muito bem recebida colaboração levada a cabo com a vocalista Julie Christmas, que deu origem a «Mariner» em 2016.
No entretanto, enquanto a banda trabalha em novo material, Johannes Persson arranjou alguns minutos para celebrar o 20º aniversário da maqueta de estreia dos CULT OF LUNA, que contém dois temas e foi registada em 1999. Aqui está a história por trás desse registo, que podes ouvir em baixo na íntegra, contada pelo guitarrista, vocalista e fundador do colectivo oriundo de Umeå.
“Na Primavera de 1998, a banda Eclipse passou por grandes mudanças musicais e de membros. Não me consigo lembrar dos detalhes do que aconteceu, mas de repente toda a gente abandonou a banda e fiquei apenas eu, o guitarrista Fredrik Renström e nosso novo vocalista, o Claes Rydberg.
Eu era um míúdo e tinha muita coisa para desabafar, tudo o que sabia era que queria fazer algo alto e pesado. Continuei a escrever e comecei a procurar um novo baterista. Neste ponto a minha memória falha novamente porque não me lembro exactamente como encontrei o Magnus, mas acho que devo ter visto online que ele tocava bateria e, como precisávamos de um, abordei-o. Ele é da cidade vizinha de Skellefteå, por isso o contacto inicial foi por e-mail, tanto quanto me lembro.
Decidimos que ele viria a Umeå e experimentaria algumas músicas. Tenho uma memória clara de apanhar esta versão de 17 anos do Magnus, carregando apenas duas baquetas, na estação de autocarros de Umeå. Não aconteceu muito depois desse ensaio inicial, mas mantivemos o contacto. Um dia ele ligou-me e disse que conhecia um guitarrista da cena hardcore de Skellefteå que provavelmente tocava baixo. Foi assim que conhecemos Erik.
Nesse ponto, começámos a circular entre Umeå e Skellefteå para terminarmos os dois temas que planeámos gravar em Janeiro. O plano era registar 18 minutos de música num dia e passar outro dia a misturar. Uma visão optimista de tempo que mantivemos desde então. Mal nos conhecíamos e não tínhamos um nome para a banda. Mas sabíamos que nos tínhamos afastado muito do que fazíamos como Eclipse para manter esse nome. A maqueta foi o começo de algo mais do que uma banda com o nome que ainda mantemos até hoje. Foi o primeiro passo na jornada que fez destas pessoas mais uma família do que amigos.”
— Johannes Persson