CRADLE OF FILTH

CRADLE OF FILTH: 26 anos de «Cruelty And The Beast»

Mais de um quarto de século depois, o terceiro álbum dos CRADLE OF FILTH continua a soar como um registo sombrio e melodramático a que nenhum fã do género pode colocar defeitos.

Inicialmente compostos por Dani Filth, Paul e Benjamin Ryan, John Richard e Darren Garden, os CRADLE OF FILTH deram os primeiros passos em 1991. Após gravarem uma maqueta com o título «Invoking The Unclean», recrutaram o guitarrista Robin Eaglestone, que saiu logo após gravar uma segunda demo, intitulada «Orgiastic Pleasures»; no entanto, quando Richard saiu da banda pouco tempo depois, Eaglestone voltou para assumir as funções de baixista, abrindo caminho para o guitarrista Paul Allender.

Após a demo «Total Fucking Darkness», e contando já com os préstimos do novo baterista Nick Barker, os músicos assinaram com o selo Cacophonous Records, que lançou o LP de estreia, «The Principle Of Evil Made Flesh», em meados de 1994. Com Allender e os irmãos Ryan a abandonarem os CRADLE OF FILTH, pouco tempo depois entram em cena os guitarristas Stuart Antsis e Jared Demeter e o teclista Damien Gregori, completando a formação que gravou o mini LP «Vempire or Dark Faerytales in Phallustein», de 1996.

Ainda nesse ano, Gian Pyres ocupou o lugar de Demeter, Gregori foi substituído por Les Smith e a banda editou o colossal «Dusk And Her Embrace», que expandiu substancialmente o crescente culto reverente à volta dos CRADLE OF FILTH, e foi rapidamente sucedido por «Cruelty And The Beast».

Originalmente editado a 5 de Maio de 1998 pela Music For Nations, o terceiro álbum dos CRADLE OF FILTH, sexteto então formado por Dani Filth na voz, Gian Pyres e Stuart Anstis nas guitarras, Robin Graves no baixo, Les “Lecter” Smith nos teclados e Nick Barker na bateria foi lançado há 26 anos. 

O muitíssimo aplaudido sucessor do épico «Dusk And Her Embrace», que tinha sido editado dois anos antesfoi gravado entre Janeiro e Março de 1998 nos estúdios DEP Internacional e Abbatoir, em Birmingham, no Reino Unido, com o produtor Jan Peter Genkel. Registo conceitual baseado na lenda da “condessa de sangue” húngara Elizabeth Báthory, o álbum — que conta com narrações de Ingrid Pitt no papel de Báthory, um papel que a actriz interpretou pela primeira vez no filme “Countess Dracula”, lançado pela Hammer em 1971 — marcou a última gravação do grupo com o guitarrista Stuart, o teclista Lecter e o baterista Nick Barker.

Já no final de 2019, o disco foi reeditado numa versão remisturada e remasterizada, com o título «Cruelty And The Beast: Re-Mistressed» e, mais de duas décadas depois, continua a afirmar-se como uma obra-prima de black metal intransigente, num registo sombrio e melodramático a que nenhum fã do género pode colocar defeitos.