Críticas à gestão interna da banda, aos baixos salários e aos elevados níveis de stress, cortesia do guitarrista dos CRADLE OF FILTH.
O guitarrista Marek “Ashok” Šmerda confirmou que deixará os CRADLE OF FILTH no final da actual digressão latino-americana da banda. O anúncio surge poucos dias depois da saída da sua esposa, Zoë M. Federoff, que abandonou inesperadamente o grupo a meio da digressão, após três anos como vocalista feminina e teclista.
Através de uma publicação nas redes sociais, feita esta terça-feira, 26 de Agosto, Ashok dirigiu-se directamente aos fã, pedindo compreensão para este período de transição e justificando a sua decisão. “Peço-vos que me respeitem e à minha esposa nesta fase de mudança. Vou de facto sair dos CRADLE OF FILTH no final desta digressão, e esta foi uma conclusão a que chegámos em conjunto há bastante tempo. Simplesmente não sentimos que os CRADLE possam sustentar o nosso futuro, pelo contrário, acabam por o prejudicar”, escreveu.
O músico, que integrou a formação da icónica banda britânica em 2014, apontou ainda problemas estruturais na relação com os responsáveis da banda. “É muito trabalho para um pagamento relativamente baixo, o stress é bastante elevado, e já há algum tempo que sentimos que a banda não dá prioridade nem cuida dos seus membros. Foram anos de comportamento pouco profissional por parte de quem está acima de nós que nos levaram a esta decisão”, afirmou.
Ashok revelou igualmente ter solicitado a retirada das suas composições dos próximos lançamentos dos CRADLE OF FILTH, incluindo a muito badalada colaboração com Ed Sheeran. “Essa canção já foi apresentada como single de caridade para crianças, depois como single comercial, mais tarde como parte do próximo álbum, e agora já ninguém sabe… Para mim, acabou por se tornar em palhaçada, e não quero estar envolvido, sem qualquer desrespeito pelo Ed Sheeran”, acrescentou.
Num tom mais pessoal, o guitarrista mostrou-se incomodado com especulações em torno da sua vida privada e da sua relação com Zoë, reforçando a necessidade de privacidade. “Tantas mentes ‘brilhantes’ na internet a especular sobre assuntos pessoais entre mim e a Zoë — por favor, parem com isso. Estamos apenas a tentar começar um novo capítulo”, escreveu, deixando ainda um aviso: “Nunca insultem a minha esposa ou as suas escolhas na minha presença… ou então…”.
Apesar da saída já decidida, Ashok garantiu que pretende terminar a sua participação nos CRADLE OF FILTH de forma dedicada e respeitosa para com os fãs. “Vou acabar esta digressão com força! Pelos fãs e pelos meus amigos nesta banda e equipa! É a minha última viagem com os CRADLE e estou orgulhoso por dar o meu melhor”, declarou. O músico reconheceu ainda a ausência de Zoë nos concertos finais, mas demonstrou satisfação pela entrada de Kelsey Peters, que assumiu o lugar deixado vago.
A saída de Ashok e de Zoë M. Federoff representa uma mudança significativa na formação actual dos CRADLE OF FILTH, um dos nomes mais duradouros e controversos da cena metal britânica. Resta agora saber como a banda liderada por Dani Filth irá reagir a esta dupla baixa e de que forma isso influenciará os planos futuros do grupo, tanto em estúdio como em palco.
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