POr muito que nos custe, este é, inevitavelmente, o assunto do momento e não há volta a dar, porque não se fala em outra coisa, no mundo todo, desde o último mês de Março. O novo coronavírus, que causa a COVID-19, espalhou-se por todo o planeta e, neste momento, há registo de mais de 2 milhões de casos, com cerca de 120 mil mortes confirmadas. Tendo em conta que a música extrema sempre teve tendência para explorar temáticas apocalípticas, virulentas e nefastas, não é propriamente de estranhar que, nas últimas semanas, tenham surgido duas bandas de metal com o nome COVID-19 no site agregador Metal-Archives.
A primeira é brasileira e até já tem um EP lançado, com bases no death metal e no goregrind. Com o estranho título «When The Traditional Margarine Commercial Family Dies» este é, assim, o primeiro registo para este projecto formado no Recife pelo multi-instrumentista Érdos, que tem também no currículo bandas como DEN SVARTA HAXAN, ENCEPHALO SWARM, MONTOSSE e V/H/S.
Os outros COVID-19 são russos, também são uma one-man-band e já fizeram três lançamentos em tempo record — os EPs «We All Die», «Collapse Of The Planet» e um álbum chamado «Death World» –, que foram disponibilizados apenas em formato digital e misturam death e doom metal. O estratega do projecto, Alex Ezeptrone, com ligações aos ilustres desconhecidos WISHDOOMDARK e GARTRAADA, é o responsável, segundo o Bandcamp, por “toda a música“. Uma nota no canal oficial do projecto no YouTube informa que as receitas recolhidas com estas edições digitais serão doadas a uma instituição de caridade não específicada.