Os GRINDEAD são um novo nome portuense, em jeito de supergrupo, que reúne nomes associados ao underground nortenho nacional. Identificam-se com o death/grind e são formados por Luís Gonçalves, voz, Mário Ribeiro, guitarra, David Teves Reis, baixo e Miguel “M&Ms” Brandão na bateria. No currículo dos elementos constam passagens por nomes como GENOCIDE, WEB, RAISING FEAR, AGNOSIA, LOST GORBACHEVS e ASSASSINER, entre outros. Nas palavras do vocalista, “a ideia inicial foi do Mário Ribeiro, guitarrista e principal compositor da parte instrumental. Há já algum tempo, talvez desde 2015 ou 2016, não sei bem precisar, que ele andava a falar sobre fazermos qualquer coisa.” Luís descreve o também ex- GENOCIDE como “uma pessoa que tem como passatempo compor riffs e malhas em casa e que já tem alguns trabalhos para mostrar.” Pelo meio, “convidou o Miguel para a bateria, que é também um amigo de longa data, começaram a trabalhar juntos na sala de ensaios e, mais tarde, entrou o David, o mais novo da banda, uma pessoa que já assistia a alguns concertos nossos na altura dos Genocide e Raising Fear, banda a que o Mário esteve ligado.” O primeiro resultado da colaboração, um maqueta, foi editado no ano passado e pode ser ouvido aqui.
O impacto que criaram ao longo de 2019 foi notório, e não esperado, com o vocalista a admitir que o objectivo da banda nem sequer passava por darem tantos concertos. “Foi acontecendo gradualmente”, explica o Luís, que associa a popularidade conquistada ao passado de alguns elementos, em particular nos GENOCIDE. “Acho que é um sentimento nostálgico dessas pessoas relativamente a essas bandas, mas o mais interessante foi também constatar que as pessoas foram estabelecendo as devidas diferenças e não nos encaram actualmente como os ex-isto ou ex -aquilo, o que é bastante importante para a própria identidade dos Grindead”. De facto, o grupo pode trilhar o death como alguns dos grupos em que estiveram envolvidos no passado , mas impregna os temas com um groove que os torna bem mais apelativos, além de que souberam perceber como fazer death metal sem gorduras.
Em 2020, o vocalista desvenda que a “próxima meta e principal objectivo”, passa por “trabalhar no álbum de estreia e tentar editá-lo ainda este ano se possível. O disco é algo que falta aos Grindead e que irá ser importante para o nosso futuro como cartão de visita. Temos trabalhado e estamos sempre a compor material novo“. Segundo o Luís, já estudaram inclusivamente todas “as melhores hipóteses quer em termos de orçamento, quer em termos dos próprios produtores, por isso acabámos por nos decidir pelo que achamos mais lógico e equilibrado“. O estúdio está, portanto, escolhido — ficamos a aguardar mais novidades. Camarro Fest e Laurus Nobilis Famalicão são os próximos festivais onde esperamos encontrar o grupo, quem sabe já com novos temas para ouvir.