Sete anos após «No Cross No Crown», os CORROSION OF CONFORMITY preparam-se para lançar o álbum mais ambicioso da sua já longa carreira.
Os CORROSION OF CONFORMITY anunciaram a conclusão das gravações do sucessor de «No Cross No Crown», lançado em 2018. A revelação foi feita pela própria banda através de uma publicação nas redes sociais, acompanhada por uma fotografia dos guitarristas Woody Weatherman e Pepper Keenan, e da legenda directa e carregada de entusiasmo:
“Para todos os pensadores livres e pessoal que bebe cerveja… O Woody e o Pepper terminaram a gravação de um dos discos mais significativos e poderosos de que já fizemos parte. Isto não teria sido possível sem as competências de todos os que se juntaram a esta caravana, que continua em plena perseguição. Stanton Moore, Bobby Rock e o senhor Warren Riker entre as colunas, nunca nos disseram para baixar o volume…
Agora segue para a fase de mistura. Há muitos outros sem os quais isto não teria sido possível e que não serão esquecidos. Isto esteve na nossa cabeça durante três anos e,agora, podemos dizer que já não nos pertence. Obrigado a todos… Vemos-nos no horizonte. Ah, sim… é um álbum duplo. FOREVER AMPLIFIED. COC.”
O novo álbum, ainda sem título ou data de edição confirmada, terá certamente um peso histórico dentro da discografia dos CORROSION OF CONFORMITY, não só por ser o primeiro álbum em sete anos, mas também por marcar uma fase de renovação criativa. A menção explícita de que se tratará de um álbum duplo deixa antever uma obra extensa e ambiciosa, com potencial para se tornar um marco na carreira dos norte-americanos.
E talvez tenha escapado aos menos atentos, mas ma das grandes curiosidades deste processo foi, sem dúvida, o local escolhido para parte das sessões captação das guitarra: um estúdio privado em Miami, pertencente a Barry Gibb, dos lendários BEE GEES. Segundo explicam, “a ligação improvável nasceu através” de Stephen Gibb, filho do veterano músico, conhecido pelo seu trabalho com bandas como os BLACK LABEL SOCIETY e CROWBAR.
Stephen estava aparentemente a trabalhar um novo projecto, apelidado KILL THE ROBOT, com produção a cargo de Warren Riker — membro de longa data no círculo dos CORROSION OF CONFORMITY, tendo sido responsável pela gravação da clássica «Stare Too Long» e pela produção de dois álbuns dos DOWN. Num relato anterior da banda, partilhado durante o mês de Julho, já dava para perceber o entusiasmo com esta oportunidade:
“Beer drinkers and free thinkers… acabámos de terminar as guitarras num lugar muito especial… Estávamos a explorar e deparámo-nos com um projecto chamado KILL THE ROBOT, cuja produção e canções nos prenderam de imediato. Percebemos que era o novo projecto do nosso amigo Stephen Gibb, gravado e produzido pelo nosso velho camarada Warren Riker. Poucos telefonemas depois, recebemos o convite definitivo: ‘Venham gravar ao estúdio do meu pai’, um espaço de sonho que O Stephen e O Warren tinham montado. Carregámos a carrinha e fomos direCtos PARa Miami… íamos ao estúdio do Barry Gibb dos BEE GEES!”
Os CORROSION OF CONFORMITY nem tentam esconder o espanto pelo privilégio do acesso a uma série de instrumentos históricos: “O que se seguiu foi demasiado épico para partilhar aqui, mas levou-nos a outro nível. Nunca, na nossa juventude, pensámos estar aqui a gravar e a ter o Barry a partilhar connosco os seus instrumentos mais valiosos… incluindo a Strat com que gravaram a «Staying Alive»! Sem jive talkin’, estamos humildemente agradecidos.” A participação de Warren Riker, agora responsável pela mistura do novo álbum, reforça a ponte entre diferentes fases da carreira da banda e promete um som trabalhado, mas fiel à identidade crua que sempre caracterizou os CORROSION OF CONFORMITY.
O contraste com o processo anterior também merece destaque. «No Cross No Crown» foi gravado ao longo de cerca de quarenta dias repartidos por um ano, em estúdios da Carolina do Norte, com produção de John Custer, colaborador habitual da banda. Desta vez, a dimensão de um álbum duplo, o simbolismo da colaboração com músicos e técnicos ligados a outros universos musicais, e a experiência em Miami dão a entender que os CORROSION OF CONFORMITY procuraram expandir horizontes sem abdicar da sua essência.
O título do disco ainda não foi revelado, mas as palavras da própria banda deixam claro que se trata de uma obra pessoal e carregada de significado. Depois de três anos a desenvolver este material, a expectativa cresce em torno do que poderá ser não apenas um regresso, mas também uma afirmação renovada do quarteto como uma das forças mais criativas do sludge e southern metal.















